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Agência, produtora e Souza Cruz são punidas por propaganda de cigarro

Uma propaganda do cigarro da marca Free, da Souza Cruz, que nem passa mais na televisão promete muito pano para manga nos tribunais. A Souza Cruz, a agência de publicidade Standard Ogilvy & Mather e a empresa de comunicação Conspiração Filmes Entretenimento foram condenadas pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal a pagar 4 milhões de reais por dano moral coletivo por causa da propaganda do cigarro.

O processo é movido pelo Ministério Público em favor de consumidores que assistiram o comercial veiculado em 2000, antes da edição da lei que proibiu publicidade deste tipo. Os desembargadores consideraram enganosa e abusiva a propaganda que tem frases como: Certo ou errado, só vou saber depois que fiz... Não vou passar pela vida sem um arranhão. Eu vou deixar a minha marca.

O advogado da Souza Cruz, Mário Oscar Chaves de Oliveira, disse que as empresas vão recorrer. Ele lembra que a propaganda era legalmente liberada na época e, por isso, não há motivo para punição. Apesar da condenação, o advogado considera que houve uma vitória parcial no Tribunal de Justiça porque a indenização fixada em primeira instância era de 14 milhões de reais e, agora, foi reduzida.

Além disso, as empresas se livraram de custear uma propaganda politicamente correta sobre o cigarro que deveria ser feita pelo Ministério da Saúde como pediu o Ministério Público. O caso deve ir para o Superior Tribunal de Justiça. O valor da condenação, se mantido no STJ, será revertido para um fundo de defesa do consumidor.


Fonte: Por Leila Pinho, in Blog Leis & Negócios (portalexame.abril.com.br)

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