Nada preocupa mais as empresas distribuidoras de energia elétrica do que o furto causado pelas ligações clandestinas, os chamados gatos. Precárias, essas conexões improvisadas transformam a rede de distribuição em um emaranhado de fios que aumentam os riscos de acidentes, comprometem a qualidade da distribuição e, principalmente, provocam enormes prejuízos financeiros.
Entre todas as tentativas para combater o problema, uma tem se mostrado bem-sucedida: os programas de responsabilidade social. Por meio de iniciativas como instalação de bibliotecas, centros de informática, realização de shows e cursos profissionalizantes, as distribuidoras de energia têm conseguido convencer a população de que vale a pena legalizar suas ligações elétricas e manter os pagamentos em dia. "Queremos incorporar a base da pirâmide no nosso negócio, mas não desejamos ter uma imagem de empresa oportunista", diz Eduardo Bernini, presidente da AES Eletropaulo, uma das pioneiras nesse tipo de iniciativa.
Por uma via quase alternativa, companhias como a AES comprovaram algo que os pregadores da responsabilidade social e da sustentabilidade nos negócios vêm tentando mostrar há muito tempo -- é possível fazer uma relação direta entre projetos de interesse da sociedade e resultado financeiro.
Implementar um programa desse tipo exige um esforço considerável por parte das operadoras. De maneira geral, as populações de bairros pobres resistem com todas as forças à legalização e, claro, a todo tipo de aproximação com as empresas de distribuição de energia. O interesse maior é não pagar a conta.
Diante disso, a AES Eletropaulo traçou uma estratégia de aproximação gradual com as comunidades. Durante os fins de semana, a companhia promove shows com artistas nas escolas dos bairros onde a situação é mais crítica. Nos intervalos das apresentações, os técnicos explicam as vantagens de ter uma ligação elétrica regular. "Explicamos que a conta de luz é um indicador de residência e o sinal verde para obter crediário nas grandes lojas", diz Bernini.
A empresa estima que existam 500 000 ligações irregulares em sua área de concessão e já conseguiu legalizar 129 000 delas, o que gerou economia de 150 milhões de reais em três anos. Eliminada a fase da clandestinidade, o desafio é manter a regularidade no pagamento das contas. Para isso, a AES Eletropaulo montou salas com computadores e internet grátis em regiões onde há grandes índices de inadimplência. O uso é livre desde que haja a apresentação da conta de luz devidamente paga. Há dois anos, a inadimplência média era de 45% nas regiões mais periféricas. O índice atual é de 6%.
Fonte: Por Chrystiane Silva, in portalexame.abril.com.br
Entre todas as tentativas para combater o problema, uma tem se mostrado bem-sucedida: os programas de responsabilidade social. Por meio de iniciativas como instalação de bibliotecas, centros de informática, realização de shows e cursos profissionalizantes, as distribuidoras de energia têm conseguido convencer a população de que vale a pena legalizar suas ligações elétricas e manter os pagamentos em dia. "Queremos incorporar a base da pirâmide no nosso negócio, mas não desejamos ter uma imagem de empresa oportunista", diz Eduardo Bernini, presidente da AES Eletropaulo, uma das pioneiras nesse tipo de iniciativa.
Por uma via quase alternativa, companhias como a AES comprovaram algo que os pregadores da responsabilidade social e da sustentabilidade nos negócios vêm tentando mostrar há muito tempo -- é possível fazer uma relação direta entre projetos de interesse da sociedade e resultado financeiro.
Implementar um programa desse tipo exige um esforço considerável por parte das operadoras. De maneira geral, as populações de bairros pobres resistem com todas as forças à legalização e, claro, a todo tipo de aproximação com as empresas de distribuição de energia. O interesse maior é não pagar a conta.
Diante disso, a AES Eletropaulo traçou uma estratégia de aproximação gradual com as comunidades. Durante os fins de semana, a companhia promove shows com artistas nas escolas dos bairros onde a situação é mais crítica. Nos intervalos das apresentações, os técnicos explicam as vantagens de ter uma ligação elétrica regular. "Explicamos que a conta de luz é um indicador de residência e o sinal verde para obter crediário nas grandes lojas", diz Bernini.
A empresa estima que existam 500 000 ligações irregulares em sua área de concessão e já conseguiu legalizar 129 000 delas, o que gerou economia de 150 milhões de reais em três anos. Eliminada a fase da clandestinidade, o desafio é manter a regularidade no pagamento das contas. Para isso, a AES Eletropaulo montou salas com computadores e internet grátis em regiões onde há grandes índices de inadimplência. O uso é livre desde que haja a apresentação da conta de luz devidamente paga. Há dois anos, a inadimplência média era de 45% nas regiões mais periféricas. O índice atual é de 6%.
Fonte: Por Chrystiane Silva, in portalexame.abril.com.br
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