Transcrevo aqui a íntegra do texto escrito pela jornalista Cris Correa no Blog "Por dentro das empresas" veiculado no Portal Exame. A jornalista destaca a estratégia da Ambev em realizar bailes funk para se aproximar dos consumidores de baixa renda. Vale a pena conferir:
"Desde que o indiano C.K. Prahalad lançou o livro "A Riqueza na Base da Pirâmide", em 2004, companhias de todo o mundo se dedicam a descobrir como podem ganhar dinheiro com consumidores de baixa renda. No Brasil, empresas como a Casas Bahia e o Habib´s se tornaram referência no assunto ao conseguir vender produtos que cabem no bolso dessa clientela.
Apesar de muitas empresas terem começado a desenvolver produtos para esse público, é raro encontrar iniciativas de marketing voltadas especificamente para a classe C que vão além de campanhas publicitárias. Ontem eu fiquei sabendo de uma ação da AmBev que me chamou a atenção. Semanas atrás, a cervejaria organizou quatro bailes funk no Rio de Janeiro - três deles na periferia. Batizado de Baile Skol, o evento reuniu quase 40 000 pessoas. Ao contrário de eventos consagrados da cervejaria, como o Skol Beats e o camarote no carnaval da Sapucaí, o Baile Skol não tinha nenhum objetivo de atrair vips, celebridades ou "descolados". Era para a classe C mesmo - e, aparentemente, funcionou. Segundos pesquisas internas feitas pela cervejaria, quem foi ao baile associou o evento à marca de forma bastante positiva.
Uma curiosidade que o pessoal da AmBev percebeu: em eventos para a classe A/B a maioria dos ingressos é vendida antecipadamente. No Baile Skol, porém, a imensa maioria dos ingressos foi vendida na hora. A explicação? Pagar duas vezes uma condução até o lugar do show (uma para comprar o ingresso e outra para o baile, propriamente) pesa no bolso dos funkeiros. Em outras palavras, é preciso não apenas saber o que vender para esse público, mas também como vender - e parcelar pagamentos não é a única saída".
Fonte: Por Cris Correa, in Blog Por dentro das Empresas, portalexame.abril.com.br
"Desde que o indiano C.K. Prahalad lançou o livro "A Riqueza na Base da Pirâmide", em 2004, companhias de todo o mundo se dedicam a descobrir como podem ganhar dinheiro com consumidores de baixa renda. No Brasil, empresas como a Casas Bahia e o Habib´s se tornaram referência no assunto ao conseguir vender produtos que cabem no bolso dessa clientela.
Apesar de muitas empresas terem começado a desenvolver produtos para esse público, é raro encontrar iniciativas de marketing voltadas especificamente para a classe C que vão além de campanhas publicitárias. Ontem eu fiquei sabendo de uma ação da AmBev que me chamou a atenção. Semanas atrás, a cervejaria organizou quatro bailes funk no Rio de Janeiro - três deles na periferia. Batizado de Baile Skol, o evento reuniu quase 40 000 pessoas. Ao contrário de eventos consagrados da cervejaria, como o Skol Beats e o camarote no carnaval da Sapucaí, o Baile Skol não tinha nenhum objetivo de atrair vips, celebridades ou "descolados". Era para a classe C mesmo - e, aparentemente, funcionou. Segundos pesquisas internas feitas pela cervejaria, quem foi ao baile associou o evento à marca de forma bastante positiva.
Uma curiosidade que o pessoal da AmBev percebeu: em eventos para a classe A/B a maioria dos ingressos é vendida antecipadamente. No Baile Skol, porém, a imensa maioria dos ingressos foi vendida na hora. A explicação? Pagar duas vezes uma condução até o lugar do show (uma para comprar o ingresso e outra para o baile, propriamente) pesa no bolso dos funkeiros. Em outras palavras, é preciso não apenas saber o que vender para esse público, mas também como vender - e parcelar pagamentos não é a única saída".
Fonte: Por Cris Correa, in Blog Por dentro das Empresas, portalexame.abril.com.br
Comentários