Pular para o conteúdo principal

Marketing para buscar o consumidor

Na busca pelo consumidor, o marketing mostra mais uma ferramenta que promete crescer entre as mais antigas e conta com o aval da modernidade. Achar o cliente continua sendo uma tarefa não muito fácil, embora hoje já seja mais acessível no mercado do que há pouco tempo atrás. O Marketing de Busca surge com força nos resultados, mas parece não ter sido assimilado pela maioria das empresas devido ao baixo índice de inclusão delas neste segmento.

Com perspectiva de aumento cada vez maior, os sites de busca apostam em uma fórmula que os deixam dentro do mix de estratégias on-line através de palavras-chave que os usuários buscam ao procurar um produto na internet. Nestes casos, as empresas que não trabalham com links patrocinados sabem que ficar em uma boa posição em um site de buscas pode resultar em vendas.

Desta forma, com o público segmentado por ele mesmo, o cliente é quem procura o produto, diferente dos anúncios convencionais que não atingem somente o público-alvo de uma marca. Muitas empresas já perceberam a importância desta ferramenta, porém a resistência por parte da maioria das companhias ainda é realidade. O holandês Peter Faber é diretor de implementação da Brane do Brasil, empresa de marketing na Internet, e afirma que o conhecimento deste modelo de marketing no Brasil é restrito a poucas empresas.

Profissionais se unem para o melhor
Dono da maior fatia de mercado, o Google hoje é o Top Of Mind em buscas pela Internet. Mas engana-se quem pensa que este tema é especialidade apenas de profissionais ligados à tecnologia da informação. De acordo com o professor de marketing de busca da Pós-Graduação em Marketing Digital da FACHA – Faculdades Integradas Hélio Alonso -, Paulo Rodrigo Teixeira, não precisa ser necessariamente desta área para desenvolver a apresentação de um produto em sites de busca. “Não é necessário ser um profissional de TI porque ele não tem tanta qualidade para bolar idéias”, ressalta. Teixeira ainda afirma que o ideal é ter o conhecimento em TI, marketing, redação e na busca por clientes.

A Dufry é uma das poucas grandes empresas no Brasil que usa o marketing de busca como um dos principais focos de trabalho na Internet. A empresa utiliza SEO, metodologia que identifica o contexto em que cada produto foi "buscado" no site. De acordo com o que as pessoas digitam, a empresa coloca palavras-chaves no site para que outros potenciais compradores achem o produto. "É um marketing contextual em que conseguimos identificar os comportamentos mais comuns e nos adaptamos a eles", explica Aloisio Sotero, Diretor de Marketing Direto da Dufry no Brasil.

Segundo o executivo, o marketing de busca não pode ser visto apenas como um braço da área de Ti. "Não adianta colocar meta tags - linhas de código HTML - no site. As palavras têm que ter relevância e relação com os produtos para que facilitem a venda", ensina. Assim como qualquer ação de marketing, existem as vantagens e desvantagens neste novo modelo. Peter Faber, da Brane, sabe que o melhor do marketing de busca é poder anunciar para alguém que precisa do produto ou serviço naquele momento. “Os consumidores sabem o que querem e buscam as soluções rapidamente”, diz.

Já Aloísio Sotero acredita que o segredo é identificar o comportamento das pessoas, saber onde e como procuram pelos produtos e entrar no contexto. “Estar entre os primeiros no Google serve como recomendação e hoje o que vale é o marketing da recomendação", aposta o diretor da Dufry.

A busca pelo relacionamento saudável
A importância do search marketing para o mercado atual é relativo e depende da necessidade das marcas. O que é certo e visível para todos é o crescimento constante do marketing de busca no país. Prova disso é a atual “inutilidade” das Páginas Amarelas, de acordo com Peter Faber. “O público está usando a web para buscar mais informações sobre as empresas e no Brasil não é diferente. É uma perda não dar a devida importância ao marketing na Internet”, lamenta o holandês.

Em qualquer segmento de relacionamento com o consumidor, sempre existirá a dúvida sobre o que eles estão procurando e o que devemos oferecer. Aloísio Sotero dá uma dica. “Basta ver as redes sociais, onde eles estão agrupados. Normalmente podemos achá-los através de um assunto ou produto em comum”, ensina.

Daqui pra frente, a tendência do marketing de busca é seguir a tecnologia já usada em países como os Estados Unidos. Projetando com base nas novidades e tendências disponíveis no Brasil, o marketing de busca vai crescer com a tecnologia 2.0, tornando-se mais interessante e avançado. Exemplo de novas frentes é que o Google, nos EUA já disponibiliza a procura de vídeos. O certo é que em mais alguns anos o Brasil poderá oferecer cada vez mais interatividade com o visitante destes sites.

O que é SEO?
O significado de SEO é Seach Engine Optimization. Em português, Otimização de Sites, MOB ou Otimização para Buscas. É a otimização de uma página ou de um site inteiro que o posiciona melhor em uma página de resultados de busca. Mesmo assim, a prática não garante que um site fique em primeiro lugar no Google, pois há diversos parâmetros analisados pelo buscador, como a relevância do site na web.


Fonte: Por Thiago Terra, in www.mundodomarketing.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç