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A responsabilidade na Comunicação Organizacional

O crescimento acelerado da circulação de informações e a convicção de que a imagem de uma organização é construída a partir do conceito que os diversos públicos têm dela evidenciam que a palavra de ordem para a excelência na gestão empresarial, visando à credibilidade e à continuidade dos negócios, é o relacionamento.

Uma organização não pode mais viver apenas com aquilo que aprendeu da técnica de vendas mediante o método da tentativa e acerto ou erro. Este repertório de conhecimentos continua importante mas deixou de atender, por si só, às necessidades dos consumidores deste século, altamente informados. É preciso estabelecer um relacionamento duradouro com os públicos de interesse.

O trabalho desenvolvido pelos profissionais de Relações Públicas está fortemente vinculado à essa necessidade. Como a própria designação da profissão permite identificar, relações públicas desenvolve relacionamento com os públicos. É importante destacar que não estamos substituindo nem pretendemos desalojar profissionais de outras áreas de atividade e com diferentes formações. Trata-se, aqui, de somar esforços, habilidades e conhecimentos para conferir competitividade à organização à qual estamos vinculados.

Afinal, o que faz um Relações Públicas ? A pergunta é muito mais habitual do que gostaríamos. A formação de bacharéis em Comunicação Social, nesta especialização, habilita a trabalhar para desenvolver, através de um planejamento criterioso, as estratégias de comunicação institucional, corporativa, organizacional, pública ou cívica, estabelecendo programas completos de relacionamento.

A legislação federal e a prática profissional estabeleceram como espaços de atuação:

* definir conceitos e sugerir políticas de atitudes ou mudanças de atitudes no tratamento com os públicos em relação à opinião pública;
* coordenar e planejar pesquisas de opinião pública para fins institucionais, analisando os resultados e proferindo o diagnóstico;
*detectar situações que possam afetar a imagem da organização e realizar prognóstico;
administrar ações de comunicação em situação de crise e de emergência;
*elaborar o planejamento para o relacionamento com a imprensa;
*coordenar, implantar, supervisionar, avaliar, criar e produzir materiais que, em essência, apresentem o caráter institucional da organização e se enquadrem no escopo da comunicação organizacional;
*implantar, realizar, coordenar, dirigir, acompanhar e avaliar auditoria e pesquisa de opinião, de imagem, de clima e perfil organizacional;
*desenvolver, implementar, executar e coordenar campanha de envolvimento com público de interesse, campanha temática de integração, orientação, motivação, desenvolvimento organizacional e aquela que envolva relacionamento com funcionários, familiares, acionistas,comunidade, fornecedores, imprensa, governo, clientes, concorrentes, escolas e academias e clubes de serviços e organizações sociais;
*conceber, criar, planejar , implantar e avaliar eventos e encontros institucionais que tenham caráter informativo para construir e manter imagem;
*desenvolver, implementar, montar, coordenar, dirigir, executar e avaliar serviço de relações governamentais lobby e cerimonial

A comunicação interna e externa das organizações torna-se, cada vez mais, assunto para profissionais. Não contratamos um engenheiro-agrônomo para fazer cirurgias cardíacas, um profissional de administração e marketing para construir um prédio ou um físico nuclear para elaborar o cardápio de um restaurante. Então, qual o motivo para confiar a bem intencionados profissionais, porém sem a devida formação, a delicada tarefa de construir, reforçar ou mesmo recuperar os valores de uma organização ?

Marcas vitoriosas, que ocupam a mente do consumidor-cliente, não surgem do nada. Há muito trabalho por traz da excelência percebida. E muitos desastres aguardando pelos que não valorizam a própria capacidade de comunicar.


Fonte: Por Marta Busnello Alves, in www.conrerprssc.org.br/

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