Pular para o conteúdo principal

Estudo revela que empresas buscam crescimento através da Responsabilidade Social

As empresas que tiverem relacionamentos mais abertos com os diferentes públicos com os quais interagem (ou stakeholders, como são conhecidos em inglês) e colocarem a responsabilidade social no centro de sua estratégia de negócios serão mais competitivas; atrairão e reterão os melhores talentos; e ganharão acesso a novas oportunidades de mercado, segundo estudo global conduzido pela IBM.

Muitas companhias vêem agora a responsabilidade social corporativa como uma oportunidade de crescimento: 68% das entrevistadas focam na geração de renda através de iniciativas de responsabilidade social corporativa (CSR, sigla em inglês). Além disso, 65% reconhecem que as iniciativas de responsabilidade social podem ter um impacto financeiro positivo em seus resultados e 54% acreditam que elas oferecem uma vantagem competitiva.

O fator que impulsiona estas atitudes é a influência cada vez maior de clientes que, em virtude de sua capacidade de pesquisar e compartilhar informações na Internet, ficam muito sensibilizados com diversas questões: da mudança climática, segurança de produtos, práticas de trabalho e responsabilidade financeira corporativa, até se as corporações estão devolvendo à comunidade uma porção suficiente de seu lucro.

Embora os clientes estejam se tornando o principal motor das iniciativas de CSR, 76% das empresas entrevistadas admitem que não conhecem as preocupações de seus clientes com responsabilidade social. De fato, até empresas que se consideram bem informadas e preparadas podem estar enganadas. Cerca de dois terços das empresas entrevistadas acreditam que têm informação suficiente sobre as origens de seus produtos e serviços para satisfazer as preocupações dos clientes. No entanto, metade delas admite que não entende as expectativas de seus clientes quanto ao tema.

Além de clientes, os stakeholders incluem acionistas, parceiros de negócio, a comunidade, organizações governamentais e não-governamentais. Aproximadamente, 75% das empresas informaram que a quantidade de grupos de defensoria que reúnem e apresentam informação sobre elas tem aumentado nos últimos três anos, assim como a quantidade de informação que as empresas estão fornecendo sobre a origem, a composição e o impacto de seus produtos, serviços e operações.

"Quanto mais informações recebem os stakeholders, mais eles querem saber e compartilhar. Este conhecimento crescente está impulsionando suas decisões sobre o que comprar, para quem trabalhar, com quem formar uma parceria, onde investir e como se deve regulamentar a indústria", comenta George Pohle, VP e Líder Global da prática de Consultoria de Estratégia de Negócios da IBM. "Estabelecer a responsabilidade social no centro das estratégias de negócio das empresas não é apenas crítico para se manter à altura dos stakeholders, mas também representa um caminho vital para o crescimento sustentável. As empresas podem obter grande valor com a troca de informações com seus stakeholders, o que tende a melhorar sua eficiência operacional - novos métodos para reduzir ou reutilizar resíduos e idéias para refinar produtos e serviços existentes, por exemplo. Porém, isto requer a implementação de uma estratégia baseada na transparência das informações".

Estas conclusões são parte de um novo relatório divulgado pelo IBM Institute for Business Value, chamado: "Alcançando Crescimento Sustentável Através da Responsabilidade Social Corporativa" ("Attaining Sustainable Growth Through Corporate Social Responsibility"). O estudo completo, disponível em www.ibm.com/gbs/csrstudy, avalia o quanto as empresas entendem e como lidam com as expectativas relacionadas a responsabilidade social corporativa, assim como projeta passos ao longo da "curva de valor" que as companhias podem seguir para alinharem estrategicamente seus objetivos de CSR com suas estratégias de negócio. Segundo o relatório, o benefício máximo das oportunidades com responsabilidade social se obtém quando todas as atividades na curva de valor - legal, filantropia estratégica, auto-regulamentação baseada em valores, eficiência e crescimento - são integradas em uma estratégia única, com a liderança e a inovação impulsionadas tanto pelos funcionários, clientes e parceiros de negócios como pelo CEO.

Metodologia do estudo IBM
A IBM entrevistou altos executivos e diretores de estratégia em 250 companhias dos setores bancário, petroquímico, de bens de consumo, eletrônico, de energia e utilities, varejista e automotivo. Dos participantes, 30% estão localizados na América do Norte, 30% na Ásia Pacífico, 20% na Europa Ocidental, 7% na Europa Oriental, 6% na América Latina e 4% no Oriente Médio e África.


Fonte: www.maxpressnet.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç