Pular para o conteúdo principal

Justiça quer atendimento ao cliente 24 horas por dia

O Ministério da Justiça começou a debater nesta quarta-feira, 27, novas regras para o serviço de atendimento ao consumidor. A medida atingirá em cheio as TVs por assinatura, os provedores de internet e as empresas de telefonia fixa e móvel - campeãs de reclamações dos consumidores. Esses setores, juntamente com as instituições bancárias e empresas aéreas, estão no foco da ação iniciada pelo Ministério. A nova regulamentação deve ficar pronta em julho deste ano, mas até lá será realizada uma série de debates.

A proposta do governo federal prevê que todos os serviços de atendimentos passem a ser gratuitos e funcionem 24 horas por dia durante os sete dias da semana. A idéia é que a primeira opção de atendimento já encaminhe o consumidor para um atendente, o que deverá ocorrer em, no máximo, 20 segundos. Além de maior agilidade no atendimento aos clientes, as normas deverão exigir maior capacitação técnica dos atendentes de telemarketing e assim evitar que o consumidor seja transferido de um atendente para outro, repetindo suas reclamações sucessivamente.

"O consumidor não é 'peteca', não pode ser jogado de um atendente para outro", afirmou Ricardo Morishita, diretor do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor (DPDC) do Ministério da Justiça.

O projeto ainda prevê regras de acessibilidade, garantindo atendimento especializado aos portadores de deficiência. O Ministério quer assegurar ainda que os reclamantes possam acompanhar suas demandas através de um número de atendimento, inclusive pela internet. Outra exigência que será feita às empresas diz respeito ao cancelamento de serviços: eles terão que ser suspensos imediatamente após a solicitação do cliente quando o serviço for ofertado sem o consentimento do consumidor.

As novas regras serão aplicadas para fiscalização do serviço e também dos contratos entre a prestadora e as empresas de call center. As empresas prestadoras do serviço deverão ainda criar ouvidorias.

Mariana Tavares, secretária da Secretaria de Direito Econômico do Ministério da Justiça, informou que ainda não está certo se nova regulamentação será realizada por meio de portaria, decreto, auto-regulamentação e ou Projeto de Lei. Mariana explicou que as novas normas levarão em conta as experiências que já estão sendo realizadas neste sentido, porém destacou que essas regras valerão para todos os setores econômicos e irão se sobrepor aos regulamentos setoriais.


Fonte: Por Alexandra Bicca, in www.meioemensagem.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç