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Anunciantes ainda experimentam a internet

Utilizar a internet como meio de fidelizar consumidores oferecendo experiências completas é o grande objetivo dos anunciantes brasileiros. No painel "Ok! Já entendi que o caminho é digital. E agora?", muito se discutiu sobre quanto da verba publicitária deve ser destinada para a rede e como fazer essa migração de forma a estar cada vez mais presente no dia-a-dia das pessoas. Para Silvia de Jesus, vice-presidente de internet e inovação do Grupo RBS, é preciso agregar valor aos sites visitados na internet aumentando a sinergia com o cliente sempre fortalecendo as competências da empresa sem perder o foco dos negócios. "A mídia foi muito afetada pela internet no início do século, mas é possível evoluir junto aos leitores e consumidores quando se considera a internet não apenas um veículo de entretenimento, mas também um instrumento de modificação no cotidiano de qualquer um", acredita.

Para empresas como Coca-Cola, Fiat e Petrobras, por exemplo, é importante não poupar esforços e recursos para cativar os consumidores e encontrar a fora adequada de se comunicar com grupos específicos. "Nós utilizamos o canal online como forma de fazer as pessoas gostarem mais da nossa marca através do diálogo", disse Ricardo Fort, diretor de marketing da Coca-Cola. "Estamos preferindo errar pelo exagero e adequar nossos investimentos com o tempo para descobrir uma receita de comunicação para o universo online", destacou Fort. Na Fiat, a palavra de ordem também é experimentar.

Segundo Maria Lucia Antonio, gerente de publicidade da montadora, apostar nos modelos já tradicionais da internet unindo a eles uma pitada de "maluquice", é o que tem feito a empresa se destacar quando se fala em comunicação em mídias digitais. "Hoje já investimos cerca de10% de nossa verba publicitária nessa mídia desenvolvendo campanhas exclusivas para esse meio. A idéia é sempre surpreender as pessoas e atraí-las para nossa marca", comentou.

Já a Petrobras está de olho nos conteúdos que podem ser gerados pelos internautas. "Estamos bastante cautelosos porque na internet um passo em falso pode representar perdas consideráveis de dinheiro", contou Luiz Antonio Vargas, gerente de publicidade da estatal. "Preferimos ir com calma porque nossa proposta é divulgar uma marca e isso é sempre muito delicado".

Existem casos ainda em que a internet se transformou em uma excelente ferramenta de vendas, como foi com a construtora Cyrela, que hoje registra cerca de um terço dos negócios fechados via web. "Além das vendas conseguimos idealizar novos projetos com base no feedback que conseguimos junto aos visitantes de nosso site. A rede transformou a forma de relacionamento entre empresa e consumidor", apontou German Quiroga, diretor de marketing corporativo da empresa.


Fonte: Por Mariana Ditolvo, in www.meioemensagem.com.br/proxxima2008

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