Pular para o conteúdo principal

Cultura organizacional e motivação em Marketing

A motivação dos times nas organizações pode ser um dos fatores decisivos para o êxito da empresa que trabalha integrada, é na criação conjunta que muitas variáveis são analisadas, as oportunidades e ameaças são percebidas, os diferentes conhecimentos se unem em busca da oferta do produto perfeito para os consumidores e traz um lado mais humano na elaboração de estratégias.

Sem as pessoas não há empresas, e isso todos sabem, mas a forma de motivar as pessoas é que interfere diretamente no desempenho da empresa perante a concorrência em um determinado mercado, o que deixa claro que todas as ações individuais são partes importantes do conjunto que permite o êxito da organização.

Mas diariamente existe uma confusão entre a motivação e a necessidade de oferecer o melhor, estar motivado é fazer o que não cansa, não desgasta e deixa espaço para lidar com aquele assunto o tempo necessário, sem sofrimento, é o que vem de dentro de cada pessoa, sem a interferência de outras pessoas, pois ninguém pode motivar ninguém.

Logicamente você passa a pensar em cursos de motivação, que são oferecidos pelas organizações, mas que dão pequenos resultados, pelo simples fato de que as pessoas foram, de certa forma, obrigadas a comparecer no curso e não absorveram o conteúdo, que apenas demonstra o quanto cada um faz por si próprio para estar motivado.

Também é evidente que a motivação individual faz um time se unir em busca de um objetivo em comum, quando cada pessoa tem reconhecido o valor de suas ações individuais, tende a se sentir muito mais motivada, tem o prazer de oferecer uma parcela de seu conhecimento e procura auxiliar os demais.

Mas muitas empresas optam por cursos de motivação que são meramente ilustrativos, dão resultados em um período de tempo muito pequeno, pois o suporto treinamento motivacional não se encaixa no perfil da empresa, os colaboradores que são selecionados não foram estudados pela empresa que presta o serviço e a própria organização desconhece as pessoas que estão em seu ambiente de trabalho.

Motivar não é apenas um estágio do desenvolvimento das pessoas, é uma ação que deve ser constante, pois o ser humano necessita recarregar suas energias e o reconhecimento é o início de um caminho a percorrer diariamente.

Só que o reconhecimento não pode ser apenas um subterfúgio para “ganhar” a confiança do time, se não for feito verdadeiramente, logo perderá seu valor, interferindo no desempenho de toda a organização.

Outro ponto que limita a motivação dentro das organizações é sempre desejar ser reconhecido, sem oferecer o mesmo para os demais, e isto não pode ser aceito em um ambiente onde todas as pessoas devem caminhar em uma única direção, em um mesmo ritmo e motivadas.

Então é natural começar a pensar o que é que te faz levantar todos os dias e se dirigir até a empresa, o que te dá a oportunidade de auxiliar um colega de trabalho, que valores poderá compartilhar com as pessoas com as quais está diariamente, se um elogio individual, ou para o time, pode trazer mais união em torno do foco comum a todos e muitas outras formas.

Em muitos momentos o que motiva um time é justamente o que é muito simples de se fazer, agradecer é um grande passo nos dias de hoje, ser gentil com os demais é muito recomendado, agir com ética é fundamental e saber que ao seu lado há um outro ser humano é ter a oportunidade de melhorar a cada ação.

Talvez a cultura das empresas precise de uma mudança radical, deixar de olhar apenas para equipamentos e paredes, notar que o maior bem que uma organização pode fazer é ser mais humana, regida por pessoas e que não sobrevive sem elas.

Quando as empresas optam por se tornarem mais humanas, acabam por obter um ambiente interno favorável à criatividade, à motivação e pode oferecer o que há dentro de suas paredes, pois cada colaborador tem a sua importância igualmente compartilhada, independente do cargo e da função que exerce.


Fonte: Por Rafael Mauricio Menshhein, in rmmmarketing.wordpress.com

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç