No mercado globalizado, assim como em uma guerra, é preciso de estratégia para sobreviver ou expandir os domínios. Com base neste raciocínio, a Fundação Armando Alvares Penteado (Faap) oferecerá, a partir do fim deste mês, o curso de estratégia militar para empresários. A atividade visa proporcionar aos dirigentes empresariais conhecimentos normalmente restritos às Forças Armadas , com o objetivo de capacitá-los para o dia-a-dia das grandes organizações.
Com status de pós-graduação, o curso é voltado a empresários e altos executivos, com carga horária de 360 horas e duração de 28 semanas (até 6 de dezembro). As aulas, que serão ministradas por professores das escolas superiores do Exército, também terão como professores convidados o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Conjuntura Psicossocial), o empresário Jorge Gerdau Johannpeter (Conjuntura Econômica Global e Nacional) e o embaixador Marcos Henrique Camillo Côrtes (Conjuntura Política Internacional).
Segundo o coronel Edson Souza Rodrigues, do Centro de Estudos Estratégicos da Faap, a atividade pretende desenvolver nos participantes, por exemplo, a capacidade de planejar a expansão de suas empresas nos próximos anos. "Eles refletirão sobre como pretendem levar suas empresas para o futuro", explica Rodrigues.
Em uma analogia com a guerra, onde é preciso conhecer o adversário para poder derrotá-lo, Rodrigues comenta a necessidade de as empresas brasileiras conhecerem muito bem os países da África ocidental, mercados potenciais para sua expansão. "Para se chegar a estes mercados, é preciso saber sua cultura e o que deve ser feito para se colocar os produtos lá", diz o coronel, citando países como Angola, Cabo Verde e África do Sul.
Além da questão estratégica, outro tema a ser trabalhado é a liderança. "Em uma empresa, é preciso ter elementos capazes de assumir a iniciativa ", afirma o general Antônio Luiz da Costa Burgos, um dos coordenadores do curso. "É preciso ter liderança, postura e posicionamento corretos. Você tem de ser um líder para conduzir seu exército ou sua empresa", comenta.
O curso divide-se em duas fases. A primeira baseia-se em fundamentos de ciências políticas, relações internacionais, geopolítica, logística, ciência e tecnologia, segurança e defesa, inteligência competitiva e contra-inteligência. Na segunda, serão analisadas a conjuntura nacional e internacional, com estudos dos fatores psicossociais e da problemática da Amazônia e do Atlântico Sul. "Ao final do curso, o empresário terá uma visão estratégica de curto, médio e longo prazos, capaz não só de desenhar os cenários nacional e internacional, mas projetar seus negócios para os próximos dez ou 15 anos", afirma um dos idealizadores da atividade, o general Sérgio Ernesto Alves Conforto, Ministro do Superior Tribunal Militar.
Conforme o general Burgos, a forte concorrência em todos os setores da economia, decorrente da globalização, obriga as empresas estarem sempre em busca de novas soluções para se manterem competitivas. "Acho que isso é uma guerra, no sentido de se ter o máximo possível de informação e preparação", diz o militar. "Não adianta se ter uma boa logística, se o produto não for bom ou se a empresa não tiver boa base de pós-venda e assim sucessivamente", conclui Burgos.
Fonte: Por Marcelo Monteiro, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
Com status de pós-graduação, o curso é voltado a empresários e altos executivos, com carga horária de 360 horas e duração de 28 semanas (até 6 de dezembro). As aulas, que serão ministradas por professores das escolas superiores do Exército, também terão como professores convidados o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (Conjuntura Psicossocial), o empresário Jorge Gerdau Johannpeter (Conjuntura Econômica Global e Nacional) e o embaixador Marcos Henrique Camillo Côrtes (Conjuntura Política Internacional).
Segundo o coronel Edson Souza Rodrigues, do Centro de Estudos Estratégicos da Faap, a atividade pretende desenvolver nos participantes, por exemplo, a capacidade de planejar a expansão de suas empresas nos próximos anos. "Eles refletirão sobre como pretendem levar suas empresas para o futuro", explica Rodrigues.
Em uma analogia com a guerra, onde é preciso conhecer o adversário para poder derrotá-lo, Rodrigues comenta a necessidade de as empresas brasileiras conhecerem muito bem os países da África ocidental, mercados potenciais para sua expansão. "Para se chegar a estes mercados, é preciso saber sua cultura e o que deve ser feito para se colocar os produtos lá", diz o coronel, citando países como Angola, Cabo Verde e África do Sul.
Além da questão estratégica, outro tema a ser trabalhado é a liderança. "Em uma empresa, é preciso ter elementos capazes de assumir a iniciativa ", afirma o general Antônio Luiz da Costa Burgos, um dos coordenadores do curso. "É preciso ter liderança, postura e posicionamento corretos. Você tem de ser um líder para conduzir seu exército ou sua empresa", comenta.
O curso divide-se em duas fases. A primeira baseia-se em fundamentos de ciências políticas, relações internacionais, geopolítica, logística, ciência e tecnologia, segurança e defesa, inteligência competitiva e contra-inteligência. Na segunda, serão analisadas a conjuntura nacional e internacional, com estudos dos fatores psicossociais e da problemática da Amazônia e do Atlântico Sul. "Ao final do curso, o empresário terá uma visão estratégica de curto, médio e longo prazos, capaz não só de desenhar os cenários nacional e internacional, mas projetar seus negócios para os próximos dez ou 15 anos", afirma um dos idealizadores da atividade, o general Sérgio Ernesto Alves Conforto, Ministro do Superior Tribunal Militar.
Conforme o general Burgos, a forte concorrência em todos os setores da economia, decorrente da globalização, obriga as empresas estarem sempre em busca de novas soluções para se manterem competitivas. "Acho que isso é uma guerra, no sentido de se ter o máximo possível de informação e preparação", diz o militar. "Não adianta se ter uma boa logística, se o produto não for bom ou se a empresa não tiver boa base de pós-venda e assim sucessivamente", conclui Burgos.
Fonte: Por Marcelo Monteiro, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
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