Pular para o conteúdo principal

Da "era da atenção" para a "era da atração"

É possível imaginar que somente agora estamos pensando em ações onde o mais importante é atrair nosso usuário, ao invés de chamar sua atenção? Desde quando os pop-ups não polvilhavam mais as homes dos portais, já não podíamos considerá-la a era da atração?

Começamos a discutir a entrada desta nova era, chamada também de ?economia da atração?, que são aquelas ações voltadas aos usuários, provocando sua interação com a peça ou com a campanha. No meu ponto de vista passamos há algum tempo esta época, assim como saímos há um bom tempo da época da atenção, onde as campanhas eram lindas, chamativas e os usuários fechavam as peças sem muita consciência, já que não podiam interagir, opinar ou participar com ela. Isto é o que define a era da atração; portanto já a praticamos há um bom tempo.

Claro que aí não falo de empresas que entraram agora no mundo online, a criar e pensar nesta ?nova mídia do futuro?, como ainda ouço com a maior freqüência, mas falo das empresas, como a LOV, que tem este pensamento nato nos profissionais, que nem são assim tão novos; pois já viviam e trabalhavam- sim na web mesmo- nesta época e hoje em dia estão aproveitando e aplicando todo o know-how adquirido para pensar e agir de forma surpreendente.

Quando analisamos algumas informações, percebemos que os usuários mudaram, amadureceram e que eles não querem mais somente serem atraídos por uma campanha, site ou peça, mas sim colaborar, se entreter e opinar sobre tudo. Esperam que o escutem e preencham suas expectativas sobre um produto ou serviço, que lhe ofereçam muito mais, além daquilo que ele já esperava e do estava pronto para não esperar. É o que denomino ?a era da expectativa?.

Esta economia é caracterizada pela vivência e experiência embasada de consumidores do Canadá à Coréia do Sul, onde possuem uma longa lista de expectativas onde eles as aplicam a cada coisa boa, que preste um serviço ou proporcione uma experiência. Estes novos usuários foram treinados por anos de hiper-consumismo, são descolados, estão por dentro das tendências mundiais, possuem variada fonte de informação e são muito seletivos no que acreditam e espalham. Resumindo, eles têm um padrão de qualidade alto e consomem somente aquilo que é o ?best of the best?.

O sucesso da web 2.0 está aí: ela possibilita o compartilhamento de conteúdo próprio, tanto que no mundo são 420 milhões de consumidores, no mundo, que se dedicam à blogs, wikis, comunidades de relacionamento como Orkut, Myspace, Linkedin, YouTube, Flickr e ferramentas como podcasting, videocasting e widgets. Entre 2003 e 2006, o número de usuários com menos de 18 anos que possuem blogs, sites ou publicam fotos na Internet cresceu de 6,2% para 21,1%, onde 55% afirmam que suas comunidades virtuais são tão importantes quanto os relacionamentos reais, segundo pesquisa realizada em dez/07 por Jeff Cole, PHD pela Universidade da Califórnia e também um dos palestrantes do MSN Digital Day, no Brasil.

Agora que entendemos seu comportamento e suas expectativas e exigências, devemos mudar nossa forma de agir, para conquistá-los. Não acham?


Fonte: Por Cris Rother, www.meioemensagem.com.br/proxxima2008/

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç