A pressão para que as empresas adotem ações ambientais e sociais responsáveis cresceu significativamente nos últimos anos. Mas ainda não o suficiente para provocar uma mudança de mentalidade nos executivos. Um levantamento realizado nos últimos três anos pelo Insead, a conhecida escola francesa de negócios, mensurou em que medida eles estão preocupados com esses temas. De acordo com o estudo, apenas um de cada seis executivos de grandes corporações acha que suas companhias devam ajudar na resolução de problemas sociais e do meio ambiente. Tal preocupação, ainda débil no topo das companhias, é bem maior entre acionistas, clientes, fornecedores, funcionários e todos aqueles que têm alguma relação com o negócio, os chamados stakeholders. Entre estes, um de cada três entrevistados no levantamento afirma que as empresas com as quais tem relação precisam incluir esses temas em suas prioridades.
"A pesquisa mostra claramente que o mais importante, quando se fala de responsabilidade corporativa, não é conseguir o engajamento dos que se relacionam com a empresa, como usualmente se pensa", afirma Maurizio Zollo, coordenador do estudo. "É antes um problema interno, de mudança de gestão da própria empresa." Executivos e stakeholders divergem da noção de responsabilidade social. Os primeiros acham que se trata principalmente de não provocar danos sociais e ambientais. Os que têm relações com a companhia defendem ações afirmativas, que ajudem a resolver esses problemas. Essas diferenças de abordagem variam de acordo com o tipo de atividade. Nas companhias de alta tecnologia e no setor bancário, executivos e stakeholders têm visões semelhantes sobre o papel social da empresa. Na indústria química e de energia, adotam posições antagônicas, conclui o levantamento. Foram entrevistados 1,3 mil executivos e 180 representantes de stakeholders nos Estados Unidos e na Europa.
A pesquisa constatou que a metodologia aplicada nas escolas de negócio não consegue estimular em seus alunos um comportamento socialmente responsável. Os autores do estudo verificaram, com surpresa, que treinamentos de executivos que se valem de técnicas de ioga conseguem atingir este objetivo com muito mais eficiência, ainda que em nenhum momento o assunto seja discutido entre os praticantes. O simples ato de meditar faz com que passem, naturalmente, a se preocupar mais intensamente com os problemas ambientais e sociais.
Apesar de os executivos manifestarem menos entusiasmo com a participação de suas empresas nos grandes problemas globais do que os stakeholders, o tema entrou definitivamente na agenda das empresas. Um levantamento realizado pela revista The Economist revela que apenas 4% dos líderes empresariais dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia consideram a responsabilidade corporativa "uma perda de tempo e de dinheiro". Metade acredita que é um custo necessário nos dias de hoje e que melhora a imagem da empresa no mercado. Uma pesquisa da Universidade de Columbia revela que US$ 1 de cada US$ 9 administrados por bancos nos Estados Unidos envolve, atualmente, um "investimento socialmente responsável". A pressão também vem dos funcionários. A responsabilidade corporativa virou uma arma importante na guerra de talentos da economia global. Hoje ninguém quer trabalhar para uma organização que despreze os problemas ambientais ou ignore as conseqüências sociais de sua atividade.
Fonte: epocanegocios.globo.com
"A pesquisa mostra claramente que o mais importante, quando se fala de responsabilidade corporativa, não é conseguir o engajamento dos que se relacionam com a empresa, como usualmente se pensa", afirma Maurizio Zollo, coordenador do estudo. "É antes um problema interno, de mudança de gestão da própria empresa." Executivos e stakeholders divergem da noção de responsabilidade social. Os primeiros acham que se trata principalmente de não provocar danos sociais e ambientais. Os que têm relações com a companhia defendem ações afirmativas, que ajudem a resolver esses problemas. Essas diferenças de abordagem variam de acordo com o tipo de atividade. Nas companhias de alta tecnologia e no setor bancário, executivos e stakeholders têm visões semelhantes sobre o papel social da empresa. Na indústria química e de energia, adotam posições antagônicas, conclui o levantamento. Foram entrevistados 1,3 mil executivos e 180 representantes de stakeholders nos Estados Unidos e na Europa.
A pesquisa constatou que a metodologia aplicada nas escolas de negócio não consegue estimular em seus alunos um comportamento socialmente responsável. Os autores do estudo verificaram, com surpresa, que treinamentos de executivos que se valem de técnicas de ioga conseguem atingir este objetivo com muito mais eficiência, ainda que em nenhum momento o assunto seja discutido entre os praticantes. O simples ato de meditar faz com que passem, naturalmente, a se preocupar mais intensamente com os problemas ambientais e sociais.
Apesar de os executivos manifestarem menos entusiasmo com a participação de suas empresas nos grandes problemas globais do que os stakeholders, o tema entrou definitivamente na agenda das empresas. Um levantamento realizado pela revista The Economist revela que apenas 4% dos líderes empresariais dos Estados Unidos, da Europa e da Ásia consideram a responsabilidade corporativa "uma perda de tempo e de dinheiro". Metade acredita que é um custo necessário nos dias de hoje e que melhora a imagem da empresa no mercado. Uma pesquisa da Universidade de Columbia revela que US$ 1 de cada US$ 9 administrados por bancos nos Estados Unidos envolve, atualmente, um "investimento socialmente responsável". A pressão também vem dos funcionários. A responsabilidade corporativa virou uma arma importante na guerra de talentos da economia global. Hoje ninguém quer trabalhar para uma organização que despreze os problemas ambientais ou ignore as conseqüências sociais de sua atividade.
Fonte: epocanegocios.globo.com
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