O ex-secretário geral da ONU (de 1997 a 2006) e Prêmio Nobel da Paz (2001), Kofi Annan, será o pricipal palestrante do 4º Congresso Brasileiro de Publicidade. Sua participação ocorrerá no dia 14 de julho, às 14 horas. O evento está marcado para acontecer entre os dia 14 e 16 de julho, no WTC, em São Paulo.
As inscrições de delegados serão feitas via internet, a apartir do dia 1º de maio. Profissionais de comunicação pagarão R$ 3 mil áté o dia 1º de junho e R$ 3.450 após essa data. Para estudantes e professores, o valor de inscrição será de R$ 1,5 mil. Os que se interessarem apenas pelas palestras, não querendo participar das comissões decisórias do evento, pagarão R$ 2 mil. A expectativa dos organizadores é a de receber 1.800 participantes.
Nesta terça-feira, 25, foi apresentada oficialmente a agenda do evento, que terá 15 comissões dedicadas a assuntos prementes para a indústria da comunicação de marketing (veja lista completa abaixo). Cada uma delas terá um presidente, responsável por mediar as discussões entre palestrantes, debatedores e delegados inscritos. Também haverá um relator, para redigir as conclusões que serão apresentadas na plenária final do 4º Congresso.
"Queremos que os presidentes das comissões convidem debatedores com opiniões diversas, de modo a estimular o contraditório", salienta Dalton Pastore, presidente do evento e de sua principal articuladora, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade. Ele informa ainda que cada delegado participante poderá integrar até três comissões diferentes, com direito a voto. "Faço questão de que o congresso seja democrático, não deixe nada para trás e não empurre nada para debaixo do tapete", frisa.
Segundo os organizadores, a escolha dos temas a serem debatidos surgiu de amplas articulações com cerca de vinte das principais entidades atuantes no mercado brasileiro de comunicação. "Um dos principais é relativo ao modelo atual de remuneração das agências. Esse assunto não é debatido há muitos anos, e quando é pontualmente discutido o foco é sempre a redução na remuneração. Por outro lado, as agências têm aumentado seus custos em função de altos investimentos em pesquisas, tecnologia e equipes de alto nível, gerando uma perigosa redução de rentabilidade", reclama o presidente da ABP, Cid Alvarez, também presidente da NBS.
Nizan Guanaes, presidente da Africa, considera que o maior desafio do evento é evitar a destruição de um "modelo soberano de publicidade forte e exportador de serviços publicitários". Segundo ele, a alternativa oposta à vigente no mercado nacional seria a de "um modelo importador e totalmente não profissional, que destrói as indústrias locais e dá possibilidade apenas de sobrevivência a quatro grandes multinacionais de propaganda".
Segundo ele, não há nada errado com o modelo brasileiro. "O BV (bonificação de volume) existe, e eu provo, em todas as publicidades do mundo. E em todas as indústrias do mundo. O Japão adota nosso modelo e não é à toa que a Dentsu é a maior agência independente do mundo", cita, tocando em um dos pontos mais polêmicos das discussões que mobilizam atualmente o segmento de agências e, certamente, deve atrair holofotes no 4º Congresso.
"Vamos discutir essas coisas a céu aberto, sem medo de ser feliz. Os anunciantes podem montar houses. Mas, se escolhem agências que arcam com os custos da compra de mídia, não é justo que eles sejam beneficiados com o volume que é delas. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, pelo menos 40% dos anunciantes já voltaram a entregar a compra de mídia às agências. Já que tudo que Cannes propõe é integração, não é possível desintegrar justamente a mídia", sustenta Guanaes.
Sérgio Amado, presidente do Grupo Ogilvy Brasil, também se entusiasma ao falar dos preparativos para o 4º Congresso, ressaltando que a publicidade brasileira vive um dos momentos mais duros de sua história. "O evento oferece a oportunidade para o mercado estabelecer os caminhos do que esperamos e do que podemos fazer pelo futuro do negócio. A minha esperança, e acredito que isso será possível, é que a quarta edição do congresso será a ponte, a base da construção de um novo processo de relacionamento entre todos os atores desse gigantesco e criativo negócio", prevê Amado.
Analisando em perspectiva histórica, o executivo reclama da quebra da "unidade" no mercado brasileiro. "Ao centralizar nossos objetivos na individualidade, perdemos o coletivo. Quando se perde a noção da coletividade, a tendência é quebrar a cara", diz. Dentre os temas que pretende ver discutidos, ele destaca os motivos pelos quais o mercado brasileiro não precisa dos bureaus de mídia. "O bureau é nefasto ao negócio como um todo e vem perdendo espaço em todo o mundo", compara.
Confira, a seguir, os temas das 15 comissões do 4º Congresso Brasileiro de Publicidade:
1 - O modelo de brasileiro de remuneração das agências
2 - Comunicação integrada
3 - A responsabilidade social e sua comunicação
4 - Liberdade de expressão comercial
5 - Eficácia no planejamento e compra de mídia
6 - A educação, a profissão e o mercado
7 - Novas mídias
8 - Merchandisign, promoção, conteúdo e outras formas de atingir o consumidor
9 - A criatividade brasileira
10 - Marketing promocional
11 - Legislação, licitações públicas e concorrências privadas
12 - A realidade dos mercados regionais
13 - Os prestadores de serviços especializados e sua relação com agências e clientes
14 - A carga tributária
15 - Product Placement
Fonte: Por Alexandre Zaghi Lemos, in www.meioemensagem.com.br
As inscrições de delegados serão feitas via internet, a apartir do dia 1º de maio. Profissionais de comunicação pagarão R$ 3 mil áté o dia 1º de junho e R$ 3.450 após essa data. Para estudantes e professores, o valor de inscrição será de R$ 1,5 mil. Os que se interessarem apenas pelas palestras, não querendo participar das comissões decisórias do evento, pagarão R$ 2 mil. A expectativa dos organizadores é a de receber 1.800 participantes.
Nesta terça-feira, 25, foi apresentada oficialmente a agenda do evento, que terá 15 comissões dedicadas a assuntos prementes para a indústria da comunicação de marketing (veja lista completa abaixo). Cada uma delas terá um presidente, responsável por mediar as discussões entre palestrantes, debatedores e delegados inscritos. Também haverá um relator, para redigir as conclusões que serão apresentadas na plenária final do 4º Congresso.
"Queremos que os presidentes das comissões convidem debatedores com opiniões diversas, de modo a estimular o contraditório", salienta Dalton Pastore, presidente do evento e de sua principal articuladora, a Associação Brasileira de Agências de Publicidade. Ele informa ainda que cada delegado participante poderá integrar até três comissões diferentes, com direito a voto. "Faço questão de que o congresso seja democrático, não deixe nada para trás e não empurre nada para debaixo do tapete", frisa.
Segundo os organizadores, a escolha dos temas a serem debatidos surgiu de amplas articulações com cerca de vinte das principais entidades atuantes no mercado brasileiro de comunicação. "Um dos principais é relativo ao modelo atual de remuneração das agências. Esse assunto não é debatido há muitos anos, e quando é pontualmente discutido o foco é sempre a redução na remuneração. Por outro lado, as agências têm aumentado seus custos em função de altos investimentos em pesquisas, tecnologia e equipes de alto nível, gerando uma perigosa redução de rentabilidade", reclama o presidente da ABP, Cid Alvarez, também presidente da NBS.
Nizan Guanaes, presidente da Africa, considera que o maior desafio do evento é evitar a destruição de um "modelo soberano de publicidade forte e exportador de serviços publicitários". Segundo ele, a alternativa oposta à vigente no mercado nacional seria a de "um modelo importador e totalmente não profissional, que destrói as indústrias locais e dá possibilidade apenas de sobrevivência a quatro grandes multinacionais de propaganda".
Segundo ele, não há nada errado com o modelo brasileiro. "O BV (bonificação de volume) existe, e eu provo, em todas as publicidades do mundo. E em todas as indústrias do mundo. O Japão adota nosso modelo e não é à toa que a Dentsu é a maior agência independente do mundo", cita, tocando em um dos pontos mais polêmicos das discussões que mobilizam atualmente o segmento de agências e, certamente, deve atrair holofotes no 4º Congresso.
"Vamos discutir essas coisas a céu aberto, sem medo de ser feliz. Os anunciantes podem montar houses. Mas, se escolhem agências que arcam com os custos da compra de mídia, não é justo que eles sejam beneficiados com o volume que é delas. Na Inglaterra e nos Estados Unidos, pelo menos 40% dos anunciantes já voltaram a entregar a compra de mídia às agências. Já que tudo que Cannes propõe é integração, não é possível desintegrar justamente a mídia", sustenta Guanaes.
Sérgio Amado, presidente do Grupo Ogilvy Brasil, também se entusiasma ao falar dos preparativos para o 4º Congresso, ressaltando que a publicidade brasileira vive um dos momentos mais duros de sua história. "O evento oferece a oportunidade para o mercado estabelecer os caminhos do que esperamos e do que podemos fazer pelo futuro do negócio. A minha esperança, e acredito que isso será possível, é que a quarta edição do congresso será a ponte, a base da construção de um novo processo de relacionamento entre todos os atores desse gigantesco e criativo negócio", prevê Amado.
Analisando em perspectiva histórica, o executivo reclama da quebra da "unidade" no mercado brasileiro. "Ao centralizar nossos objetivos na individualidade, perdemos o coletivo. Quando se perde a noção da coletividade, a tendência é quebrar a cara", diz. Dentre os temas que pretende ver discutidos, ele destaca os motivos pelos quais o mercado brasileiro não precisa dos bureaus de mídia. "O bureau é nefasto ao negócio como um todo e vem perdendo espaço em todo o mundo", compara.
Confira, a seguir, os temas das 15 comissões do 4º Congresso Brasileiro de Publicidade:
1 - O modelo de brasileiro de remuneração das agências
2 - Comunicação integrada
3 - A responsabilidade social e sua comunicação
4 - Liberdade de expressão comercial
5 - Eficácia no planejamento e compra de mídia
6 - A educação, a profissão e o mercado
7 - Novas mídias
8 - Merchandisign, promoção, conteúdo e outras formas de atingir o consumidor
9 - A criatividade brasileira
10 - Marketing promocional
11 - Legislação, licitações públicas e concorrências privadas
12 - A realidade dos mercados regionais
13 - Os prestadores de serviços especializados e sua relação com agências e clientes
14 - A carga tributária
15 - Product Placement
Fonte: Por Alexandre Zaghi Lemos, in www.meioemensagem.com.br
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