Estou cansado de ouvir que "bom era antigamente" ou que "não há mais oportunidades como nos velhos tempos". Papo furado! Nunca houve tantas oportunidades como hoje.
Talvez muita gente não as perceba por elas estarem quase sempre disfarçadas de trabalho duro. Mas as oportunidades estão aí, à disposição de quem tiver iniciativa - e "acabativa" - para fazê-las acontecer. Como é o caso - para citar gente próxima a mim - de Edson de Godoy Bueno, Eloi de Oliveira, Luiz Galebe, Luiz Chacon, Eduardo Machado, Luís Chicani e tantos outros.
Edson começou a vida como engraxate, no interior de São Paulo. Seu cliente mais importante era o médico da cidade. Um homem que o garoto Edson admirava tanto que decidiu que iria ser médico também. E tanto lutou que se formou e acabou arrumando vários empregos em um subúrbio do Rio. Um deles, em um hospital que atrasava tanto os pagamentos que Edson propôs ao dono receber seu salário em ações, em vez de grana. Com o tempo, virou dono do hospital e, para viabilizá-lo, criou um plano de saúde que veio a se tornar a Amil, que acaba de abrir seu capital na bolsa.
Já meu amigo Eloi morou na rua, engraxou sapatos, lavou carros e, adolescente, entrou no mundo do turismo como office-boy, na agência de dona Stella Barros, onde Eloi, que não tinha onde morar, dormia no sofá da recepção. Graças a uma dedicação hercúlea e a uma inteligência incomum, progrediu e acabou fundando a Flytour, que hoje tem a maior rede de franquias de agências de viagem do Brasil e é a maior atacadista de passagens aéreas do País, além de ter comprado, dias atrás, do Bradesco, a totalidade da operação de turismo da American Express no Brasil.
Eduardo e sua mulher Ângela criaram um cursinho preparatório para o exame da OAB e o transformaram em uma das maiores redes de franquias de ensino por satélite do mundo. Galebe concebeu um jeito de micro e pequenas empresas anunciarem na TV e criou o Shoptour, que começou com uma câmera emprestada e hoje é uma potência no mundo da comunicação, tendo inclusive iniciado a concessão de franquias.
Chacon chegou a doar sangue só para poder comer o lanchinho do banco de sangue e hoje é dono da SuperBac, empresa que deve se tornar um dos grandes "players" globais no mundo da biotecnologia. Chicani, um dentista que se casou quando ainda estava na faculdade, para formar uma clientela permutava seus serviços por pizzas e consertos de carro. Mais tarde, criou um plano de assistência odontológica que ele mesmo vendia, batendo de porta em porta e que acabou virando a Dentalcorp, recentemente vendida por uma bela grana à Odontoprev.
Todos esses exemplos mostram que hoje, mais do que nunca, é possível criar negócios saindo do zero e fazer sucesso. E não venham me dizer que esses caras tiveram sorte. É claro que tiveram! Mas é sempre bom lembrar que, como já escrevi antes, em hebraico a palavra correspondente a sorte é "mazal", que contém as letras iniciais das palavras "makon", "zman limud", que significam, respectivamente, "lugar, tempo e conhecimento".
Ou seja: sorte tem quem está no lugar certo, na hora certa. E tem o discernimento para perceber a oportunidade quando ela surgir. E, acrescento, a garra para tomar a oportunidade pelos chifres e fazê-la acontecer.
Fonte: Por Marcelo Cherto, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
Talvez muita gente não as perceba por elas estarem quase sempre disfarçadas de trabalho duro. Mas as oportunidades estão aí, à disposição de quem tiver iniciativa - e "acabativa" - para fazê-las acontecer. Como é o caso - para citar gente próxima a mim - de Edson de Godoy Bueno, Eloi de Oliveira, Luiz Galebe, Luiz Chacon, Eduardo Machado, Luís Chicani e tantos outros.
Edson começou a vida como engraxate, no interior de São Paulo. Seu cliente mais importante era o médico da cidade. Um homem que o garoto Edson admirava tanto que decidiu que iria ser médico também. E tanto lutou que se formou e acabou arrumando vários empregos em um subúrbio do Rio. Um deles, em um hospital que atrasava tanto os pagamentos que Edson propôs ao dono receber seu salário em ações, em vez de grana. Com o tempo, virou dono do hospital e, para viabilizá-lo, criou um plano de saúde que veio a se tornar a Amil, que acaba de abrir seu capital na bolsa.
Já meu amigo Eloi morou na rua, engraxou sapatos, lavou carros e, adolescente, entrou no mundo do turismo como office-boy, na agência de dona Stella Barros, onde Eloi, que não tinha onde morar, dormia no sofá da recepção. Graças a uma dedicação hercúlea e a uma inteligência incomum, progrediu e acabou fundando a Flytour, que hoje tem a maior rede de franquias de agências de viagem do Brasil e é a maior atacadista de passagens aéreas do País, além de ter comprado, dias atrás, do Bradesco, a totalidade da operação de turismo da American Express no Brasil.
Eduardo e sua mulher Ângela criaram um cursinho preparatório para o exame da OAB e o transformaram em uma das maiores redes de franquias de ensino por satélite do mundo. Galebe concebeu um jeito de micro e pequenas empresas anunciarem na TV e criou o Shoptour, que começou com uma câmera emprestada e hoje é uma potência no mundo da comunicação, tendo inclusive iniciado a concessão de franquias.
Chacon chegou a doar sangue só para poder comer o lanchinho do banco de sangue e hoje é dono da SuperBac, empresa que deve se tornar um dos grandes "players" globais no mundo da biotecnologia. Chicani, um dentista que se casou quando ainda estava na faculdade, para formar uma clientela permutava seus serviços por pizzas e consertos de carro. Mais tarde, criou um plano de assistência odontológica que ele mesmo vendia, batendo de porta em porta e que acabou virando a Dentalcorp, recentemente vendida por uma bela grana à Odontoprev.
Todos esses exemplos mostram que hoje, mais do que nunca, é possível criar negócios saindo do zero e fazer sucesso. E não venham me dizer que esses caras tiveram sorte. É claro que tiveram! Mas é sempre bom lembrar que, como já escrevi antes, em hebraico a palavra correspondente a sorte é "mazal", que contém as letras iniciais das palavras "makon", "zman limud", que significam, respectivamente, "lugar, tempo e conhecimento".
Ou seja: sorte tem quem está no lugar certo, na hora certa. E tem o discernimento para perceber a oportunidade quando ela surgir. E, acrescento, a garra para tomar a oportunidade pelos chifres e fazê-la acontecer.
Fonte: Por Marcelo Cherto, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11
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