Pular para o conteúdo principal

Web 2.0 e vantagens atraem consumidor para varejo

A estratégia vitoriosa que consagrou a Gol no mercado de companhias áreas parece que finalmente conseguiu ser replicada para os demais setores de comércio eletrônico no País. Preços mais em conta, facilidades no pagamento, segurança e uma logística confiável foram alguns dos principais fatores que atraíram o consumidor para a rede.

O varejo on-line está em festa. Foram R$ 6,3 bilhões transacionados em 2007, segundo aponta a pesquisa Web Shoppers, divulgada hoje pela e-bit, em parceria com a Câmara.e-net. O número representa um crescimento de 43% em relação ao ano anterior, que ainda conta a seu favor com o aumento de e-consumidores, de 7 para 9,5 milhões de 2006 para cá.

Sem os custos operacionais de uma estrutura física, o comércio eletrônico tem agregado preços mais baixos que impactaram bastante na migração de novos compradores pela internet. Internautas com rendas nas faixas de até R$ 1 mil e de R$ 1 mil a R$ 3 mil já representam 39% das vendas na web.

“O parcelamento em 12 vezes sem juros e o frete gratuito se tornaram praticamente um padrão na web o que facilitou a entrada de consumidores que buscavam barganha no varejo convencional. A diferença de preço facilita para quem administra orçamento”, afirma Manuel Matos, presidente da Câmara-e.net.

Com cada vez mais pessoas navegando no Brasil (39 milhões segundo pesquisa do Ibope/NetRatings até o final de 2007), outro fator que contribuiu bastante para essa evolução foi o uso de sites de comparação de preços como Buscapé e Bondfaro e o fenômeno da interação da Web 2.0, buzz do momento.

“Vemos que esteve muito presente o conceito de web 2.0 para a tomada de decisão a partir da informação de terceiros na internet”, observa Pedro Guasti, diretor-geral da e-bit. Segundo o executivo, a confiança na marca ainda é o fator que mais pesa na hora da compra pela rede, mas novos elementos estão incrementando essa escolha como a indicação de amigos que já tiveram boas experiências com lojas virtuais e comentários de usuários nos diversos canais espalhados pela web.

Os sites de busca e de comparação de preço são responsáveis por quase 30% das compras na rede. “Levantamentos do Buscapé, por exemplo, chegam a mostrar variações de preço do mesmo item de até 60%”, lembra Matos.

O comportamento do consumidor definitivamente mudou. Mais seguro, ora ele inicia a compra por meio da internet e acaba nas lojas físicas, ora das físicas para a compra on-line, principalmente para buscar melhores preços, negociação e conhecer especificações técnicas e aspecto dos produtos.

“A integração dos canais é muito grande. Cerca de 25 a 40% dos consumidores, dependendo do tipo de produto procurado, afirmaram buscar informações na internet antes de ir nas lojas ou usar os vendedores das lojas como uma espécie de consultores dos produtos antes de concretizar a compra mais barata pela web”, diz o presidente da Câmara-e.net.

Com um cenário tão otimista, a expectativa para o primeiro semestre de 2008 é de que o número de consumidores eletrônicos atinja a casa dos 10,5 milhões, com um faturamento circulando em torno dos R$ 3, 8 bilhões, 46% a mais que os seis primeiros meses de 2007.


Fonte: Por Paula Pereira, in www.consumidormoderno.com.br

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç