A empresária Rosane Kogut, dona da agência de publicidade Kogut, nunca gostou de jogo de futebol propriamente dito, mas em busca de novos negócios, constatou que o futebol poderia representar um enorme potencial para novos projetos. "Sou apaixonada pelo futebol como negócio. Há muitas oportunidades e podemos gerar receita para todos, além de ajudar os garotos", diz Rosane, que resolveu então fundar a Craques, empresa para gerenciar as divisões de base de clubes de futebol, departamento formado pelas famosas "peneiras": testes do qual participam milhares de crianças que sonham em ser jogadores de futebol.
Rosane conta que se inspirou nos concursos de modelos. "A peneira é a mesma coisa que um concurso de modelo, só moldei o foco da empresa para o universo do futebol", diz. Fundada em setembro de 2006, com investimento de R$ 1 milhão, a Craques já inscreveu cerca de 200 mil crianças, que precisam ter entre 8 e 21 anos e pagar uma taxa de inscrição que varia de R$ 48 a R$ 60, dependendo do clube no qual pretendem fazer o teste. As inscrições são feitas pela internet, e crianças carentes não pagam.
"A empresa é um elo entre as crianças e os clubes. Atualmente existem 26 mil crianças inscritas no site da Craques. Nós realizamos os sonhos desses garotos que querem ser jogadores de futebol", comenta Rosane. As receitas adquiridas com as inscrições são divididas entre a empresa e os clubes, que investem o dinheiro em infra-estrutura com as divisões de base.
A empresa, que gere as categorias de base desses clubes da inscrição até a aprovação ou dispensa, já é parceira de cinco clubes de futebol: Botafogo de Futebol e Regatas, União São João Esporte Clube, de Araras (SP), Portuguesa de Desportos, Coritiba Foot Ball Club e Goiás Esporte Clube.
O objetivo da empresa é se associar a um grande clube de cada estado, para ter uma abrangência nacional. O próximo parceiro pode ser o Sport Club Corinthians Paulista, com quem já teve reunião para tratar do assunto. Em entrevista à Gazeta Mercantil, o vice-presidente de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, falou sobre a intenção do clube de profissionalizar suas divisões de base. A estratégia de "empresariar" o departamento, diz o economista, é para maximizar a receita gerada pela produção de jogadores e aplicar os recursos no futebol profissional. "A meta é descobrir talentos infantis que vão virar jogadores exportáveis, mas esse trabalho não pode ser feito com paixão, e sim com a objetividade fria dos números. Não podemos ter sobrinho do conselheiro cuidando da sub-15 ou 17", observa Rosenberg. A idéia é que os investidores fiquem com 30% e o Timão com no mínimo 70% dos recursos gerados nas negociações.
Em um pouco mais de um ano de atuação, a Craques registra 29 jogadores federados: 20 na Lusa, cinco no Goiás e quatro no Fogão. O faturamento da empresa aumentou 300% em 2007 e a previsão é de crescer outros 300% em 2008. Com a consolidação do modelo de negócio, a Craques pretende agora capitalizar em cima das peneiras, eventos que reúnem cerca de 3 mil pessoas, dos quais 600 jogadores e os demais familiares. Segundo Rosane, a empresa negocia para atrair patrocinadores interessados em se comunicar com esse amplo e diversificado público. "A Craques espera negociar com diversos segmentos, pois o público é bem diferenciado e de todas as idades, de 8 a 80, o que torna-se uma ação direta para classe de consumo de A a D". Já existem negociações com empresas de telefonia, administradoras de consórcio e bebidas não-alcoólicas.
A empresa pretende ainda lançar franquias e inaugurar um centro de treinamento, além de promover palestras aos garotos com ex-jogadores, entre elas com o lendário ex-atacante Dadá Maravilha, que jogou em mais de 20 clubes no País e, além da facilidade em marcar muitos gols, entrou para a história como um dos maiores frasistas do futebol. "Não me venham com a problemática que eu tenho a solucionática."; e "Somente três coisas param no ar: o beija-flor, o helicóptero e eu.", foram algumas de suas pérolas.
Fonte: Por Gustavo Viana, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2
Rosane conta que se inspirou nos concursos de modelos. "A peneira é a mesma coisa que um concurso de modelo, só moldei o foco da empresa para o universo do futebol", diz. Fundada em setembro de 2006, com investimento de R$ 1 milhão, a Craques já inscreveu cerca de 200 mil crianças, que precisam ter entre 8 e 21 anos e pagar uma taxa de inscrição que varia de R$ 48 a R$ 60, dependendo do clube no qual pretendem fazer o teste. As inscrições são feitas pela internet, e crianças carentes não pagam.
"A empresa é um elo entre as crianças e os clubes. Atualmente existem 26 mil crianças inscritas no site da Craques. Nós realizamos os sonhos desses garotos que querem ser jogadores de futebol", comenta Rosane. As receitas adquiridas com as inscrições são divididas entre a empresa e os clubes, que investem o dinheiro em infra-estrutura com as divisões de base.
A empresa, que gere as categorias de base desses clubes da inscrição até a aprovação ou dispensa, já é parceira de cinco clubes de futebol: Botafogo de Futebol e Regatas, União São João Esporte Clube, de Araras (SP), Portuguesa de Desportos, Coritiba Foot Ball Club e Goiás Esporte Clube.
O objetivo da empresa é se associar a um grande clube de cada estado, para ter uma abrangência nacional. O próximo parceiro pode ser o Sport Club Corinthians Paulista, com quem já teve reunião para tratar do assunto. Em entrevista à Gazeta Mercantil, o vice-presidente de marketing do Corinthians, Luis Paulo Rosenberg, falou sobre a intenção do clube de profissionalizar suas divisões de base. A estratégia de "empresariar" o departamento, diz o economista, é para maximizar a receita gerada pela produção de jogadores e aplicar os recursos no futebol profissional. "A meta é descobrir talentos infantis que vão virar jogadores exportáveis, mas esse trabalho não pode ser feito com paixão, e sim com a objetividade fria dos números. Não podemos ter sobrinho do conselheiro cuidando da sub-15 ou 17", observa Rosenberg. A idéia é que os investidores fiquem com 30% e o Timão com no mínimo 70% dos recursos gerados nas negociações.
Em um pouco mais de um ano de atuação, a Craques registra 29 jogadores federados: 20 na Lusa, cinco no Goiás e quatro no Fogão. O faturamento da empresa aumentou 300% em 2007 e a previsão é de crescer outros 300% em 2008. Com a consolidação do modelo de negócio, a Craques pretende agora capitalizar em cima das peneiras, eventos que reúnem cerca de 3 mil pessoas, dos quais 600 jogadores e os demais familiares. Segundo Rosane, a empresa negocia para atrair patrocinadores interessados em se comunicar com esse amplo e diversificado público. "A Craques espera negociar com diversos segmentos, pois o público é bem diferenciado e de todas as idades, de 8 a 80, o que torna-se uma ação direta para classe de consumo de A a D". Já existem negociações com empresas de telefonia, administradoras de consórcio e bebidas não-alcoólicas.
A empresa pretende ainda lançar franquias e inaugurar um centro de treinamento, além de promover palestras aos garotos com ex-jogadores, entre elas com o lendário ex-atacante Dadá Maravilha, que jogou em mais de 20 clubes no País e, além da facilidade em marcar muitos gols, entrou para a história como um dos maiores frasistas do futebol. "Não me venham com a problemática que eu tenho a solucionática."; e "Somente três coisas param no ar: o beija-flor, o helicóptero e eu.", foram algumas de suas pérolas.
Fonte: Por Gustavo Viana, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 2
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