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É possível aprender com essa malvada

Se eu comparar minhas crenças e princípios de hoje com aqueles que tinha na minha juventude, não tenho dúvida em afirmar que uma das maiores diferenças de conteúdo que consigo detectar está situada entre os conceitos de vitória e derrota. Para mim, naquela época e para a maioria das pessoas até hoje, um conceito é completamente diferente do outro, podendo ser considerados até como antagônicos. Derrota é uma "coisa feia", vitória é uma "coisa bonita". A vitória só traz conseqüências positivas, a derrota só acarreta efeitos negativos. É evidente que não quero chegar ao extremo de afirmar que se deve ter o sonho da derrota, e que ao dormir eu vá planejar a derrota de amanhã. É claro que meu foco está na vitória e para lá eu devo convergir minhas competências e minha energia. No entanto, a realidade da vida nos leva a uma inexorável verdade: as derrotas fazem parte necessariamente do processo de crescimento.

Aliás, responda rápido. "O grande vencedor da vida tem mais ou menos derrotas que o grande perdedor da vida?" Acertou na mosca quem respondeu: "O importante não é o número derrotas que você tem, mas a série de atitudes que se toma diante delas. O vencedor encara a derrota como um degrau de aprendizagem para a vitória do futuro. O vencedor não sucumbe à paralisia; ele/ela busca reforço nos seus valores mais nobres, e volta para o campo de batalha.

O grande líder Bernardinho acha muitas vezes útil perder um set, ou no limite um jogo (desde que não prejudique a meta final de ser campeão), para que os erros possam ficar evidenciados. Derek Parker, sempre afirmava que as vitórias não ensinam nada. Jose Galló proíbe a palavra sucesso na sua empresa Lojas Renner. Desta maneira, o maniqueísmo, o certo e o errado não se aplicam ao tema de nossa reflexão. Se você está no meio de um momento difícil, volte-se para seu plano de vida, veja onde foi possível aprender com os erros e tome a direção do caminho da vitória. Fácil? Não, claro que não. Mas sem dúvida a única alternativa para uma vida melhor.


Fonte: Por Marco Aurélio Ferreira Vianna, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 11

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