Sem dúvida alguma, um dos maiores desafios na vida de um (a) líder é quando ele/ela enfrenta um processo de mudança. E quanto maior e mais complexa for a mudança, mais árduo será o processo. Neste artigo, de maneira sucinta, pretendemos fazer algumas reflexões sobre este tema.
No meu ponto de vista, durante a fase inicial do ato de mudança existem quatro tipos de atores: os convergentes (concordam e defendem a mudança), os neutros (ainda não têm opinião formada), os divergentes (discordam do conteúdo) e os confrontantes (não só discordam, como farão tudo para boicotar a implantação do processo).
O líder - daqui por diante entendido como o ou a líder - precisa ter uma profunda conscientização desta "grade hierarquia de cooptação", para que ele possa contar com os verdadeiros alavancadores daquilo que vai mudar. Por isto, também, os liderados devem apoiar a consistência global do líder, de modo a maximizar seu grau de legitimidade. Quanto mais legítimo, autêntico e natural for o líder, maior será a possibilidade de sucesso da mudança.
Se juntarmos às dificuldades naturais de qualquer processo a necessidade da luta política contra divergentes e confrontantes, pode-se, literalmente, chegar ao patamar da "missão impossível", onde estará vivo como nunca o resultado do jogo perde-perde. Por isto, apesar, de ousado - e até estranho - entendo que o desempenho do líder depende não só de sua capacidade de "lidar com a complexidade da estrutura de poder", mas também depende do grau de contribuição de seus liderados e parceiros.
Não há dúvida que uma Revolução de Sargentos pode dar certo. Não há dúvida que uma ação bem engendrada de boicote, que forme um golpe de oposição inteligente, terá efeitos atômicos sobre a mudança. Mais uma vez, é preciso que se entenda que, mesmo no século XXI, neste mundo feérico das maravilhas eletrônicas, a essência humana é fator crítico de sucesso para as organizações de todos os tipos. Um grupo sem um alto coeficiente de confiança mútua não poderá jamais "correr limpo, sem âncoras".
O conceito de sinergia e QI grupal não é invenção retórica de consultores. A inteligência de um grupo tem que ser muito maior do que a mera soma dos QIs individuais. O mundo complexo de hoje exige níveis muito elevados de inteligência competitiva. Mudar a roda com o automóvel em movimento - exigência do momento atual - e ainda brigar com o motorista levará ao desastre fatal. As pessoas precisam de generosidade, de sentido de contribuição, de dar, de doar - ações na linha da felicíssima Oração de São Francisco. Caso contrário, cairemos na sarcástica conclusão que sempre uso em minhas palestras: "Quando duas áreas ou mesmo duas pessoas de uma empresa brigam entre si, só existe um vencedor: o concorrente".
kicker: Quando duas áreas ou mesmo duas pessoas de uma companhia brigam entre si, só existe um vencedor: o concorrente.
Fonte: Por Marco Aurélio Ferreira Vianna, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 13
No meu ponto de vista, durante a fase inicial do ato de mudança existem quatro tipos de atores: os convergentes (concordam e defendem a mudança), os neutros (ainda não têm opinião formada), os divergentes (discordam do conteúdo) e os confrontantes (não só discordam, como farão tudo para boicotar a implantação do processo).
O líder - daqui por diante entendido como o ou a líder - precisa ter uma profunda conscientização desta "grade hierarquia de cooptação", para que ele possa contar com os verdadeiros alavancadores daquilo que vai mudar. Por isto, também, os liderados devem apoiar a consistência global do líder, de modo a maximizar seu grau de legitimidade. Quanto mais legítimo, autêntico e natural for o líder, maior será a possibilidade de sucesso da mudança.
Se juntarmos às dificuldades naturais de qualquer processo a necessidade da luta política contra divergentes e confrontantes, pode-se, literalmente, chegar ao patamar da "missão impossível", onde estará vivo como nunca o resultado do jogo perde-perde. Por isto, apesar, de ousado - e até estranho - entendo que o desempenho do líder depende não só de sua capacidade de "lidar com a complexidade da estrutura de poder", mas também depende do grau de contribuição de seus liderados e parceiros.
Não há dúvida que uma Revolução de Sargentos pode dar certo. Não há dúvida que uma ação bem engendrada de boicote, que forme um golpe de oposição inteligente, terá efeitos atômicos sobre a mudança. Mais uma vez, é preciso que se entenda que, mesmo no século XXI, neste mundo feérico das maravilhas eletrônicas, a essência humana é fator crítico de sucesso para as organizações de todos os tipos. Um grupo sem um alto coeficiente de confiança mútua não poderá jamais "correr limpo, sem âncoras".
O conceito de sinergia e QI grupal não é invenção retórica de consultores. A inteligência de um grupo tem que ser muito maior do que a mera soma dos QIs individuais. O mundo complexo de hoje exige níveis muito elevados de inteligência competitiva. Mudar a roda com o automóvel em movimento - exigência do momento atual - e ainda brigar com o motorista levará ao desastre fatal. As pessoas precisam de generosidade, de sentido de contribuição, de dar, de doar - ações na linha da felicíssima Oração de São Francisco. Caso contrário, cairemos na sarcástica conclusão que sempre uso em minhas palestras: "Quando duas áreas ou mesmo duas pessoas de uma empresa brigam entre si, só existe um vencedor: o concorrente".
kicker: Quando duas áreas ou mesmo duas pessoas de uma companhia brigam entre si, só existe um vencedor: o concorrente.
Fonte: Por Marco Aurélio Ferreira Vianna, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 13
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