Pular para o conteúdo principal

Marcas de inseticidas começam a sair da toca

Com a chegada da primavera, seguida do verão, tem início a temporada dos inseticidas, uma vez que os insetos começam a por as "manguinhas de fora" e saem à procura de melhores condições de reprodução em busca dos quatro "As", como chama o mercado: Alimento, Água, Acesso e Abrigo. "Quanto mais quente, mais rápido fica o ciclo de reprodução dos insetos, o que resulta num significativo aumento da população", comenta a gerente de marketing da Reckitt Benckiser, Patrícia Macedo. A companhia detém as marcas SBP e Mortein Rodox.

Esse mercado é composto pelos segmentos de aerossol (60%), elétricos (25%), líquidos (8%), iscas (6%), ratos (3%) e pó e espiral - os dados são do instituto AC Nielsen e correspondem ao ano de 2007. Trata-se de um mercado que movimenta cerca de R$ 580 milhões com uma previsão de chegar a R$ 610 milhões em 2009.

O segmento de aerossol está dividido nas seguintes categorias: multiinseticidas, mata-baratas e moscas e mosquitos. No caso dos multiinseticidas, a marca SBP é a líder de mercado com uma participação de 35% tendo Raid na segunda posição com 12,5%. "SBP tem como foco o público preocupado com a toxidade do produto e que busca, na maioria das vezes, o inseticida à base de água, diferentemente do consumidor de Mortein Rodox, por exemplo, que deseja mesmo é matar os insetos, independentemente da toxidade do produto, que nesse caso é à base de derivados de petróleo", explica a executiva.

Os inseticidas à base de derivados de petróleo são os mais procurados na categoria mata-barata, que tem a marca Mortein Rodox na liderança com 40% de participação e Raid com 23%. "O segmento de moscas e mosquitos não possui muita representatividade no mercado, uma vez que o consumidor opta pelo multiinseticida ou o ação total, que engloba os insetos voadores e também os rastejantes, como baratas, aranhas e formigas", afirma Patrícia. A Reckitt Benckiser possui a liderança do segmento de aerossol com 49,7% - todos os dados são do instituto AC Nielsen. Patrícia explica ainda que na categoria de multiação existem as sub-categorias: ação total e casa e jardim. "O que muda é a intensidade e a velocidade em que o inseticida mata o inseto", conta.

Consumo
No período de alta temporada para o setor, segundo Patrícia, há um aumento, médio, de cerca de 25% no consumo de inseticidas, nas mais diferentes categorias, daí o início das ações de marketing da Reckitt Benckiser que investe, este ano, em suas principais marcas: SBP e Mortein Rodox uma verba total de R$ 30,5 milhões.

No caso de Mortein Rodox, a estratégia é divulgar toda a linha de produtos: mata-barata, barreira ativa, cantos e frestas e a isca - mata no ninho. "A isca é uma boa opção, uma vez que as baratas são canibais e depois que uma entra na isca, leva para o ninho o veneno, que acaba sendo consumido por outras baratas", explica a executiva.

A campanha de Mortein prevê veiculação de um filme nas TVs aberta e fechada, além de material de ponto-de-venda, promoções e internet. A agência que assina a ação é a Euro RSCG e a verba para a marca é de R$ 11,50 milhões, um total 35% maior do que a do ano passado..

Já para SBP, que tem uma verba de R$ 19 milhões, além de um filme para TVs aberta e fechada, está prevista uma promoção nacional e também merchandising, além de anúncios impressos em revistas e material de ponto-de-venda.


Fonte: Por Sheila Horvath, in Gazeta Mercantil/Caderno C - Pág. 5

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç