Na atual era de executivos-celebridades, pergunta-se com frequên cia se líderes narcisistas são bons ou ruins para as empresas. Existem opiniões para todos os gostos, embora haja certo consenso de que os CEOs com egos excessivamente inflados podem representar grandes perigos. Eles tendem a assumir posições muito arriscadas e voláteis, criar ambientes de trabalho contraproducentes e, no limite, colocar o interesse próprio acima da companhia e dos outros. Apesar disso, é muito comum encontrar presidentes de empresas com fortes traços de narcisismo. Para entender por que isso acontece, pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, realizaram três testes tentando relacionar a personalidade narcisista com a habilidade de assumir posições de liderança.
Os testes foram feitos com grupos distintos, que envolviam estudantes universitários e executivos participantes de um MBA. Em um dos testes, 153 executivos foram divididos em grupos de quatro e receberam uma tarefa fictícia: definir como aplicar uma grande doação a uma universidade, do ponto de vista da reitoria. Eles tinham uma hora para avaliar as informações dadas e mais uma hora para chegar a um consenso. Todos passaram por testes psicológicos com o intuito de definir seus perfis. O exercício foi observado por especialistas, e novos testes foram feitos após o final. As análises comprovaram a tese inicial dos pesquisadores: as pessoas mais narcisistas foram vistas como líderes do grupo tanto pelos colegas como por si mesmas.
Os outros dois testes chegaram às mesmas conclusões. Um deles, porém, tentou demonstrar ainda se os líderes narcisistas se saíam melhor nas tarefas. Desta vez, 408 estudantes foram distribuídos em pequenos grupos que tinham de escolher 15 itens de uma lista de equipamentos a serem levados para uma ilha deserta após um naufrágio. Na dinâmica, foram obedecidos os mesmos procedimentos de avaliação de personalidades e, mais uma vez, os mais narcisistas assumiram a liderança. No entanto, os grupos comandados pelos maiores egos não obtiveram um resultado melhor do que os outros. Um especialista em resgates e sobrevivência em naufrágios fez a avaliação das escolhas. “Não encontramos relação entre narcisismo e (bom) desempenho”, concluem Amy B. Brunell, professora de psicologia em Ohio, e seus colegas no trabalho. Por trás do bom desempenho dos narcisistas, segundo os pesquisadores, estão qualidades normalmente relacionadas a esse tipo de personalidade, como extroversão, autoconfiança e facilidade para se relacionar. Segundo eles, essas são características que agradam a colegas e escondem problemas que tendem a ser percebidos com o tempo, como a incapacidade de estabelecer empatia e ouvir, ou a arrogância.
Mas nem todo mundo concorda que um líder narcisista é sinônimo de problemas. Michael Maccoby, consultor especializado em liderança, defende que os narcisistas têm muitas qualidades como líderes. Ele escreveu um livro sobre o assunto: The Productive Narcissist: The Promise and Peril of Visionary Leadership (“O narcisista produtivo: as promessas e os perigos da liderança visionária”). A tese é que essas personalidades têm grande capacidade de visão e implementação. Tendem a ser transformadores, como Jack Welch, o ex-presidente da GE. Maccoby concorda, porém, que os narcisistas devem tomar cuidado e manter em cheque suas atitudes para evitar os extremos de sua personalidade. O problema, lembrariam os pesquisadores de Ohio, é que olhar para as próprias falhas não é exatamente um hábito narcisista.
Na atual era de executivos-celebridades, pergunta-se com frequên cia se líderes narcisistas são bons ou ruins para as empresas. Existem opiniões para todos os gostos, embora haja certo consenso de que os CEOs com egos excessivamente inflados podem representar grandes perigos. Eles tendem a assumir posições muito arriscadas e voláteis, criar ambientes de trabalho contraproducentes e, no limite, colocar o interesse próprio acima da companhia e dos outros. Apesar disso, é muito comum encontrar presidentes de empresas com fortes traços de narcisismo. Para entender por que isso acontece, pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, realizaram três testes tentando relacionar a personalidade narcisista com a habilidade de assumir posições de liderança.
Os testes foram feitos com grupos distintos, que envolviam estudantes universitários e executivos participantes de um MBA. Em um dos testes, 153 executivos foram divididos em grupos de quatro e receberam uma tarefa fictícia: definir como aplicar uma grande doação a uma universidade, do ponto de vista da reitoria. Eles tinham uma hora para avaliar as informações dadas e mais uma hora para chegar a um consenso. Todos passaram por testes psicológicos com o intuito de definir seus perfis. O exercício foi observado por especialistas, e novos testes foram feitos após o final. As análises comprovaram a tese inicial dos pesquisadores: as pessoas mais narcisistas foram vistas como líderes do grupo tanto pelos colegas como por si mesmas.
Os outros dois testes chegaram às mesmas conclusões. Um deles, porém, tentou demonstrar ainda se os líderes narcisistas se saíam melhor nas tarefas. Desta vez, 408 estudantes foram distribuídos em pequenos grupos que tinham de escolher 15 itens de uma lista de equipamentos a serem levados para uma ilha deserta após um naufrágio. Na dinâmica, foram obedecidos os mesmos procedimentos de avaliação de personalidades e, mais uma vez, os mais narcisistas assumiram a liderança. No entanto, os grupos comandados pelos maiores egos não obtiveram um resultado melhor do que os outros. Um especialista em resgates e sobrevivência em naufrágios fez a avaliação das escolhas. “Não encontramos relação entre narcisismo e (bom) desempenho”, concluem Amy B. Brunell, professora de psicologia em Ohio, e seus colegas no trabalho. Por trás do bom desempenho dos narcisistas, segundo os pesquisadores, estão qualidades normalmente relacionadas a esse tipo de personalidade, como extroversão, autoconfiança e facilidade para se relacionar. Segundo eles, essas são características que agradam a colegas e escondem problemas que tendem a ser percebidos com o tempo, como a incapacidade de estabelecer empatia e ouvir, ou a arrogância.
Mas nem todo mundo concorda que um líder narcisista é sinônimo de problemas. Michael Maccoby, consultor especializado em liderança, defende que os narcisistas têm muitas qualidades como líderes. Ele escreveu um livro sobre o assunto: The Productive Narcissist: The Promise and Peril of Visionary Leadership (“O narcisista produtivo: as promessas e os perigos da liderança visionária”). A tese é que essas personalidades têm grande capacidade de visão e implementação. Tendem a ser transformadores, como Jack Welch, o ex-presidente da GE. Maccoby concorda, porém, que os narcisistas devem tomar cuidado e manter em cheque suas atitudes para evitar os extremos de sua personalidade. O problema, lembrariam os pesquisadores de Ohio, é que olhar para as próprias falhas não é exatamente um hábito narcisista.
Fonte: epocanegocios.globo.com
Os testes foram feitos com grupos distintos, que envolviam estudantes universitários e executivos participantes de um MBA. Em um dos testes, 153 executivos foram divididos em grupos de quatro e receberam uma tarefa fictícia: definir como aplicar uma grande doação a uma universidade, do ponto de vista da reitoria. Eles tinham uma hora para avaliar as informações dadas e mais uma hora para chegar a um consenso. Todos passaram por testes psicológicos com o intuito de definir seus perfis. O exercício foi observado por especialistas, e novos testes foram feitos após o final. As análises comprovaram a tese inicial dos pesquisadores: as pessoas mais narcisistas foram vistas como líderes do grupo tanto pelos colegas como por si mesmas.
Os outros dois testes chegaram às mesmas conclusões. Um deles, porém, tentou demonstrar ainda se os líderes narcisistas se saíam melhor nas tarefas. Desta vez, 408 estudantes foram distribuídos em pequenos grupos que tinham de escolher 15 itens de uma lista de equipamentos a serem levados para uma ilha deserta após um naufrágio. Na dinâmica, foram obedecidos os mesmos procedimentos de avaliação de personalidades e, mais uma vez, os mais narcisistas assumiram a liderança. No entanto, os grupos comandados pelos maiores egos não obtiveram um resultado melhor do que os outros. Um especialista em resgates e sobrevivência em naufrágios fez a avaliação das escolhas. “Não encontramos relação entre narcisismo e (bom) desempenho”, concluem Amy B. Brunell, professora de psicologia em Ohio, e seus colegas no trabalho. Por trás do bom desempenho dos narcisistas, segundo os pesquisadores, estão qualidades normalmente relacionadas a esse tipo de personalidade, como extroversão, autoconfiança e facilidade para se relacionar. Segundo eles, essas são características que agradam a colegas e escondem problemas que tendem a ser percebidos com o tempo, como a incapacidade de estabelecer empatia e ouvir, ou a arrogância.
Mas nem todo mundo concorda que um líder narcisista é sinônimo de problemas. Michael Maccoby, consultor especializado em liderança, defende que os narcisistas têm muitas qualidades como líderes. Ele escreveu um livro sobre o assunto: The Productive Narcissist: The Promise and Peril of Visionary Leadership (“O narcisista produtivo: as promessas e os perigos da liderança visionária”). A tese é que essas personalidades têm grande capacidade de visão e implementação. Tendem a ser transformadores, como Jack Welch, o ex-presidente da GE. Maccoby concorda, porém, que os narcisistas devem tomar cuidado e manter em cheque suas atitudes para evitar os extremos de sua personalidade. O problema, lembrariam os pesquisadores de Ohio, é que olhar para as próprias falhas não é exatamente um hábito narcisista.
Na atual era de executivos-celebridades, pergunta-se com frequên cia se líderes narcisistas são bons ou ruins para as empresas. Existem opiniões para todos os gostos, embora haja certo consenso de que os CEOs com egos excessivamente inflados podem representar grandes perigos. Eles tendem a assumir posições muito arriscadas e voláteis, criar ambientes de trabalho contraproducentes e, no limite, colocar o interesse próprio acima da companhia e dos outros. Apesar disso, é muito comum encontrar presidentes de empresas com fortes traços de narcisismo. Para entender por que isso acontece, pesquisadores da Universidade de Ohio, nos Estados Unidos, realizaram três testes tentando relacionar a personalidade narcisista com a habilidade de assumir posições de liderança.
Os testes foram feitos com grupos distintos, que envolviam estudantes universitários e executivos participantes de um MBA. Em um dos testes, 153 executivos foram divididos em grupos de quatro e receberam uma tarefa fictícia: definir como aplicar uma grande doação a uma universidade, do ponto de vista da reitoria. Eles tinham uma hora para avaliar as informações dadas e mais uma hora para chegar a um consenso. Todos passaram por testes psicológicos com o intuito de definir seus perfis. O exercício foi observado por especialistas, e novos testes foram feitos após o final. As análises comprovaram a tese inicial dos pesquisadores: as pessoas mais narcisistas foram vistas como líderes do grupo tanto pelos colegas como por si mesmas.
Os outros dois testes chegaram às mesmas conclusões. Um deles, porém, tentou demonstrar ainda se os líderes narcisistas se saíam melhor nas tarefas. Desta vez, 408 estudantes foram distribuídos em pequenos grupos que tinham de escolher 15 itens de uma lista de equipamentos a serem levados para uma ilha deserta após um naufrágio. Na dinâmica, foram obedecidos os mesmos procedimentos de avaliação de personalidades e, mais uma vez, os mais narcisistas assumiram a liderança. No entanto, os grupos comandados pelos maiores egos não obtiveram um resultado melhor do que os outros. Um especialista em resgates e sobrevivência em naufrágios fez a avaliação das escolhas. “Não encontramos relação entre narcisismo e (bom) desempenho”, concluem Amy B. Brunell, professora de psicologia em Ohio, e seus colegas no trabalho. Por trás do bom desempenho dos narcisistas, segundo os pesquisadores, estão qualidades normalmente relacionadas a esse tipo de personalidade, como extroversão, autoconfiança e facilidade para se relacionar. Segundo eles, essas são características que agradam a colegas e escondem problemas que tendem a ser percebidos com o tempo, como a incapacidade de estabelecer empatia e ouvir, ou a arrogância.
Mas nem todo mundo concorda que um líder narcisista é sinônimo de problemas. Michael Maccoby, consultor especializado em liderança, defende que os narcisistas têm muitas qualidades como líderes. Ele escreveu um livro sobre o assunto: The Productive Narcissist: The Promise and Peril of Visionary Leadership (“O narcisista produtivo: as promessas e os perigos da liderança visionária”). A tese é que essas personalidades têm grande capacidade de visão e implementação. Tendem a ser transformadores, como Jack Welch, o ex-presidente da GE. Maccoby concorda, porém, que os narcisistas devem tomar cuidado e manter em cheque suas atitudes para evitar os extremos de sua personalidade. O problema, lembrariam os pesquisadores de Ohio, é que olhar para as próprias falhas não é exatamente um hábito narcisista.
Fonte: epocanegocios.globo.com
Comentários
Gostaria de aproveitar a oportunidade e dizer que este é o mais dificil exercício do ser humano: ver o que há de bom por tras das adversidades, das diferenças, das "deficiências"...
porque sempre há!