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Convergência em xeque

Ao contrário do que se imagina, consumidores não fazem questão de fundir tecnologias em um único aparelho, diz estudo.

Em pesquisa publicada nesta semana, a consultoria americana In-Stat, especializada no mercado de telecomunicações, contraria a idéia de que as pessoas preferem aparelhos convergentes, que combinam as funcionalidades de produtos anteriormente separados. De acordo com o estudo, o senso comum de que haverá uma adoção em massa de equipamentos convergentes não é realista. Ao ouvir trabalhadores que poderiam se beneficiar da convergência, a pesquisa constatou que os usuários tendem a permanecer fiéis às tecnologias convencionais. Para evitar atritos, as empresas relutam em partir para uma estratégia de convergência forçada.

A pesquisa tem boas notícias também. Quando o usuário se convence de que o aparelho convergente traz vantagens e deixa de se intimidar com a tecnologia, a adoção avança razoavelmente rápido, segundo a In-Stat. O smartphone é citado como um caso de sucesso de aparelho convergente, que une celular e PDA, com o benefício do recurso de e-mail sem fio.


Outras constatações da pesquisa:

- Um sinal positivo da convergência pode ser encontrado entre vendedores que passam a semana fora do escritório: 8% desses profissionais abandonaram a linha fixa e têm apenas um número celular;

- Antes de empresas forçarem uma adoção de aparelhos convergentes, a indústria precisa resolver questões de duração da bateria e ergonomia nos portáteis;

- A pesquisa mostra que a maioria dos usuários prefere lidar com aparelhos redundantes do que ter um único número telefônico e um único computador.



Fonte: Por Murilo Ohl, in info.abril.com.br/corporate/blog/murilo

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