Pular para o conteúdo principal

Envolva-se mais nas conversas sobre sua empresa

Goste ou não disso, há pessoas na web falando sobre sua empresa neste momento. Você precisa estar por dentro dessas conversas e se envolver de forma autêntica. Do contrário, sua empresa se tornará em uma outra Target (empresa varejista utilizada como exemplo neste artigo).

Recentemente, Amy Jussel, do blog ShapingYouth, escreveu que o out-door da Target, colocado na Times Square, era ofensivo às mulheres porque o centro do logo apontava para a região lombar de uma mulher. Em resposta, a empresa disse que a modelo estava “simulando ser uma anja da neve” no topo do logo.

Depois de Amy Jussel contatar a empresa para fazer a reclamação, a empresa não apenas não respondeu como também disse que a política dela era não responder a mídias “não tradicionais”. A comunidade on-line foi ultrajada, naturalmente. Mas não o out-door, pois várias pessoas não concordaram com Amy Jussel. Os netizens (cidadãos net, em tradução livre), estes sim foram ultrajados por terem sido ignorados pela empresa.

A Target terá que desenvolver uma nova relação com a “audiência net” – e rapidamente. De fato, ela já está reconsiderando algumas de suas políticas.

Para varejistas, o canal on-line está crescendo até dez vezes mais rapidamente que os canais tradicionais. A Target não pode se dar ao luxo de ter uma campanha ativista contra ela a apenas um clique de distância de suas lojas on-line. Isso seria equivalente a permitir que piquetes fossem realizados bem no estacionamento da empresa e não fazer nada para evitar isso.

Tentar formatar a percepção de uma empresa é tão antigo quanto os negócios. Quando Thomas Edison quis eletrificar o país com DC (corrente direta) e George Westinghouse quis utilizar AC (corrente alternada), desenhada pelo gênio Nicola Tesla, e o assassino William Kemmler foi assassinado utilizando-se AC, Edison subornou o editor de um jornal local para que este tivesse, como uma de suas manchetes, que o criminoso tinha sido “Westinghoused”, num ato desesperado para deixar o público com medo da tecnologia do concorrente. Mas a solução de Tesla prevaleceu.

O que é diferente em relação à época de Edison é a velocidade, a escala e a persistência da audiência e suas habilidade em se organizar e se adaptar. E os varejistas não devem subestimar o poder desta mídia dentro de grandes lojas. A rede de tv dentro da Wall Mart é uma das maiores redes dos Estados Unidos. Alguns estudiosos esperam que 90% do varejo utilize, em 2010, mídias como esta em grandes redes varejistas.

Não se torne uma Target. Você sabia que conversas sobre sua empresa estão ocorrendo neste momento na web? Sua empresa é parte verdadeira, honesta e comprometida dessas conversas?


Fonte: Por John Sviokla, in Harvard Business Online

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

H2OH! - um produto desacreditado que virou sucesso

O executivo carioca Carlos Ricardo, diretor de marketing da divisão Elma Chips da Pepsico, a gigante americana do setor de alimentos e bebidas, é hoje visto como uma estrela em ascensão no mundo do marketing. Ele é o principal responsável pela criação e pelo lançamento de um produto que movimentou, de forma surpreendente, o mercado de bebidas em 11 países. A princípio, pouca gente fora da Pepsi e da Ambev, empresas responsáveis por sua produção, colocava fé na H2OH!, bebida que fica a meio caminho entre a água com sabor e o refrigerante diet. Mas em apenas um ano a H2OH! conquistou 25% do mercado brasileiro de bebidas sem açúcar, deixando para trás marcas tradicionais, como Coca-Cola Light e Guaraná Antarctica Diet. Além dos números de vendas, a H2OH! praticamente deu origem a uma nova categoria de produto, na qual tem concorrentes como a Aquarius Fresh, da Coca-Cola, e que já é maior do que segmentos consagrados, como os de leites com sabores, bebidas à base de soja, chás gelados e su

Doze passos para deixar de ser o “bode expiatório” na sua empresa

Você já viu alguma vez um colega de trabalho ser culpado, exposto ou demitido por erros que não foi ele que cometeu, e sim seu chefe ou outro colega? Quais foram os efeitos neste indivíduo e nos seus colegas? Como isso foi absorvido por eles? No meu trabalho como coach, tenho encontrado mais e mais casos de “bodes expiatórios corporativos”, que a Scapegoat Society, uma ONG britânica cujo objetivo é aumentar a consciência sobre esta questão no ambiente de trabalho, define como uma rotina social hostil ou calúnia psicológica, através da qual as pessoas passam a culpa ou responsabilidade adiante, para um alvo ou grupo. Os efeitos são extremamente danosos, com conseqüências de longo-prazo para a vítima. Recentemente, dei orientação executiva a um gerente sênior que nunca mais se recuperou por ter sido um dia bode expiatório. John, 39 anos, trabalhou para uma empresa quando tinha algo em torno de 20 anos de idade e tudo ia bem até que ele foi usado como bode expiatório por um novo chefe. De

Conselho Federal de Marketing?

A falta de regulamentação da profissão de marketing está gerando um verdadeiro furdunço na Bahia. O consultor de marketing André Saback diz estar sendo perseguido por membros do Conselho Regional de Administração da Bahia (CRA/BA) por liderar uma associação – com nome de Conselho Federal de Marketing e que ainda não está registrada – cujo objetivo, segundo ele, é regulamentar a profissão. O CRA responde dizendo que Saback está praticando estelionato e que as medidas tomadas visam a defender os profissionais de administração. Enquanto André Saback, formado em marketing pela FIB - Centro Universitário da Bahia -, diz militar pela regulamentação da profissão, o Presidente do CRA/BA, Roberto Ibrahim Uehbe, afirma que o profissional criou uma associação clandestina, está emitindo carteirinhas, cobrando taxas e que foi cobrado pelo Conselho Federal de Administração por medidas que passam até por processar Saback, que diz ter recebido dois telefonemas anônimos na última semana em tom de ameaç