Máquinas inteligentes conversando entre si e
gerando uma montanha de dados para aprimorar suas funções. Bem vindo a internet
das coisas. Segundo o Business Insider Intelligence (BII) – braço de pesquisa
do portal de negócios Business Insider – a internet das coisas tem e terá um grande impacto na vida das pessoas e
nos processos industriais .
Em 2018
cerca de 9 bilhões de equipamentos estarão conectados à internet das coisas (hoje são 1,9 bilhão), o
que será equivalente a todos os smartphones, smart TVs, tablets, dispositivos
vestíveis (wearables) e computadores pessoais somados. Mas qual será seu
impacto no mundo dos negócios?
Especialistas apontam cinco tendências nesse setor
para a internet das coisas nos próximos anos. Em primeiro lugar, o foco
tecnológico maior será voltado aos serviços. Até agora, esse foco tem se
concentrado em equipamentos. “O maior faturamento não advirá do hardware, mas
de serviços múltiplos”, prevê Raj Badarinath, diretor de marketing do provedor
de soluções Avangate.
Em sua opinião, em vez de realizar uma venda única de equipamento, oferecer uma
variedade de serviços pode ampliar em muito o leque de clientes.
Analisar e aproveitar o big data da internet das
coisas será o segundo desafio. O volume de informação gerado por aparelhos
conectados vai crescer exponencialmente. “A internet das coisas não é somente a
conexão de câmeras, cozinhas ou veículos”, afirma Todd Krautkremer,
vice-presidente do serviço de computação em nuvem Pertino. As empresas
precisarão analisar essa montanha de dados para realizar projetos que sejam
relevantes e impactantes. “Mas como tornar esse big data inteligível e
acessível do ponto de vista de negócios?”, lança ele o desafio.
Aí entra a terceira tendência: a importância da
computação em nuvem para garantir que todos os equipamentos conectados sejam
devidamente monitorados e atualizados em tempo real. No caso dos negócios, o
mais importante é garantir o acesso aos dados coletados para definir as
melhores soluções em relação aos clientes – sua maior prioridade. “Empresas têm
de acompanhar atentamente as experiências de seus clientes”, aconselha Linda
Smith, CMO da empresa de computação em nuvem Twilio. Sobretudo as
pequenas empresas devem se valer dessas informações para poder competir com
corporações maiores, que geralmente dispõem de serviços próprios nessa área.
A quarta tendência é um alerta: os riscos de
segurança crescerão à medida que mais e mais equipamentos se conectarem entre
si. “Se um equipamento está conectado, então pode ser hackeado. Com sistemas de
segurança totalmente automáticos, alguém pode invadi-los, travá-los e até mesmo
apagar as luzes do local antes de entrar nele”, alerta Walker White, CTO do
provedor de soluções BDNA.
Isso não significa que devamos evitar a internet das coisas, já hoje uma
realidade irreversível e que trará enormes benefícios. “A resposta é sempre
agir com cautela”, recomenda White.
Por ser irreversível, a quinta tendência é
justamente a adoção da internet das coisas por todos os tamanhos de negócios,
sobretudo os pequenos, que normalmente aderem mais tarde às tecnologias. Waqas
Makhdum, vice-presidente de marketing da plataforma Kii , recomenda investimentos principalmente
em tecnologias de sensores, análise de dados e infraestrutura para abarcar todo
o volume de conectividade resultante. O treinamento de pessoal tanto para relação
com clientes como para processos internos também deve ser prioridade para que
se obtenha a maior vantagem possível da internet das coisas. “Enfrentaremos em
tempo real desafios inesperados e imprevistos, por isso é importante a
colaboração mútua da indústria, em consórcios, por exemplo, para nos
prepararmos a essa nova realidade”, sugere Makhdum.
Fonte: Revista Galileu, disponível em http://revistagalileu.globo.com/Caminhos-para-o-futuro/Desenvolvimento/noticia/2015/07/os-negocios-se-daptarao-ternet-das-coisas.html
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